Possível greve foi debatida no Fórum Nacional da Enfermagem. No Estado, categoria cobra de Casagrande pagamento do piso
Em reunião do Fórum Nacional da Enfermagem, realizada nesta quarta-feira (1), a categoria deliberou pela possibilidade de greve em todo o país, caso o impasse quanto à efetivação do pagamento do piso salarial permaneça. A ideia é realizar um dia de paralisação em 10 de março para, posteriormente, se necessário, dar início a uma greve. Também foi aprovada a realização de atos em todos estados no dia 14 de fevereiro.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Espírito Santo (Sindienfermeiros-ES), Valeska Fernandes, que participou da reunião, afirma que a categoria está cansada. “Apesar de aprovado, cada hora depende de algo para ser efetivado. Uma hora é uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional], outra é uma Medida Provisória [MP]. Os trabalhadores estão cansados disso”, reitera.
Valeska informa que a gestão de Fabrício Petri (PSB), em Anchieta, no sul do Estado, começou a pagar o piso para toda a categoria nesse mês de janeiro. “O STF [Supremo Tribunal Federal] não proibiu o pagamento do piso, ele retirou a obrigatoriedade, tanto que Anchieta e outros municípios brasileiros estão pagando. Casagrande nos deu esperança. Sem nenhum de nós ter pedido, entrou em contato e nos chamou para dizer publicamente que pagaria o piso a partir de janeiro, e disse que tinha receita”, afirma.
Em dezembro último, a gestão de Renato Casagrande solicitou ao STF a revogação parcial da suspensão do piso salarial da Enfermagem para poder pagar a partir de 1º de janeiro de 2023. Valeska afirma que, “se houve alguma resposta, não nos foi passada”. A dirigente sindical destaca, ainda, “que tem dinheiro para pagar, não há ilegalidade e não depende do STF”.
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