Profissionais da rede pública do Estado se reunirão nesta quarta-feira, para definir atos em prol do piso salarial
Enfermeiros da rede pública de saúde do Espírito Santo estão convocados pelo sindicato representativo para uma assembleia que irá deliberar sobre o estado permanente de mobilização em prol do piso salarial. A mobilização, que pode envolver ações como atos e paralisações, será discutida e efetivada em todo o país, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a suspensão do piso salarial da categoria.
A assembleia, em formato virtual, será nesta quarta-feira (14). Os enfermeiros da rede privada ainda não farão assembleia para discutir a mobilização permanente, porque está em processo de negociação da convenção coletiva com o Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Espírito Santo (Sindhes), o que, como explica a presidente do Sindienfermeiros, Valeska Fernandes, impossibilita que façam paralisações. A assembleia para que seja avaliada a proposta do Sindhes será na próxima segunda-feira (19).
Ao suspender o piso da Enfermagem, Barroso deu prazo de 60 dias para que entes públicos e privados da área da saúde esclareçam o impacto financeiro, os riscos para empregabilidade no setor e a eventual redução na qualidade dos serviços. A decisão é proveniente de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que questionou a constitucionalidade da Lei 14.434/2022, que estabelece o piso, aprovada no Congresso Nacional.
A decisão de Barroso motivou protestos da categoria. Nessa sexta-feira (9) os trabalhadores se concentraram na praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, e seguiram rumo ao Palácio Anchieta, interrompendo as vias da Avenida Jerônimo Monteiro. Ao chegar na sede do governo, embora a Polícia Militar (PM) dissesse para não passarem para a outra pista, os manifestantes também fecharam as vias da Avenida Getúlio Vargas.
Alguns motoqueiros tentaram passar e até deram pequenas arrancadas com a moto para tentar intimidar, mas a barreira humana feita pela categoria se manteve no mesmo lugar. A Enfermagem já havia feito um protesto em cinco de setembro, quando paralisou a Terceira Ponte tanto no sentido Vitória quanto Vila Velha.