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Estado bate mais um recorde e registra 72 mortes por Covid-19 em 24 horas

Secretário Nésio Fernandes informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI está entre 93% e 94%

Nas últimas 24 horas, o Espírito Santo registrou o assustador recorde de 72 mortes por Covid-19. A informação foi divulgada nesta terça-feira (23) pelo governador Renato Casagrande, em suas redes sociais, e pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes. A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está entre 93% e 94%.

“Grande parte dos hospitais particulares não possui mais vagas. A rede pública está sob pressão e os profissionais esgotados. A nova variante do Reino Unido é muito mais contagiosa e letal e atinge principalmente os mais jovens. Faça sua parte”, ressaltou o governador.

Já Nésio considerou o recorde “a expressão da tragédia que o Brasil está vivendo”. Ele alertou que há possibilidade de a variante inglesa, chamada de B.1.1.7, se tornar dominante no Espírito Santo. Esta é mais transmissível e letal que as cepas originais, mais comum entre jovens com até 30 anos de idade, e sua reprodução no Estado dobra a cada quinze dias desde meados de fevereiro de 2021.

O secretário reforçou a necessidade de isolamento social. “Estamos em um momento crítico, com estratégias duras de isolamento social. A quarentena tem que ser respeitada. As pessoas têm que se sensibilizar com as perdas”, solicitou, completando: Não é o número, 92%, 93%, 98% ou 100% de ocupação de UTI que deve preocupar as pessoas, mas o atual momento crítico. Não é o número que deve nortear o comportamento das pessoas”, defendeu.

Nésio também informou que o número de casos de Covid-19 entre pessoas de 10 a 19 anos é maior do que na segunda onda da pandemia e que, entre as de 40 e 49 anos, aumentou significativamente. Entretanto, a letalidade maior ainda está entre os idosos.
Falta de oxigênio, profissionais e remédios
O secretário relatou ainda que o governo tem se movimentado para que não haja falta de oxigênio nos hospitais, que segundo ele, têm boa reserva. Entretanto, tem realizado reuniões com fornecedores e, também, com a ArcelorMittal, que produz o gás, para que possa atender as empresas que fornecem o produto para o Estado. Essas ações têm sido tomadas, afirma, pelo fato de que a capacidade de atendimento da indústria pode ser prejudicada diante da demanda simultânea nas esferas municipal, estadual e federal.
Nésio também alertou que já estão faltando profissionais de saúde, sendo que os que já estão em atuação “estão esgotados, adoecendo”.

A maior dificuldade, como aponta o secretário, é para contratação de enfermeiros e técnicos, pois há limite de oferta. Ele explica que, para atuar em UTI, é preciso “uma qualificação e formação específicas”, e que o fornecimento de insumos, como sedativos, tem sido “frustrado” diante da requisição da União, sendo necessário dialogar com fornecedores internacionais.

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