Nas últimas três semanas, casos saltaram de 321 para 919. Situação é de alerta, aponta Nésio Fernandes
Apesar de consolidar um cenário de controle de internações e óbitos, o Espírito Santo registra um crescimento de casos de Covid-19, que saltaram de 321 para 919 nas últimas três semanas, como informou o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, nesta terça-feira (17).
No recorte dos últimos 15 dias, o aumento soma 57%, como acrescenta o gestor. “É um cenário em que o crescimento no número de casos é um alerta, podendo fazer com que a Taxa de Transmissão (RT) chegue a ser acima de 1 no Espírito Santo, tanto na Grande Vitória quanto no interior”, ressalta Nésio.
Já a positividade de testes de antígeno subiu de 1% para 7%, e os de RT-PCR, de -1% para 3%. O mês de maio, em contrapartida, é o de menor mortalidade durante a pandemia. Até o momento, foram dois óbitos. A expectativa é de que esse número não chegue a 10.
A demanda por leitos de internação para Covid-19 é de 4,75 pacientes por dia. Quanto à cobertura vacinal, o Estado registra 90% de adultos com as duas doses e 90% de idosos com a terceira. Nesse último grupo, 46% já estão imunizados com a quarta dose. Entre as crianças de cinco a 11 anos, 51% tomaram a primeira dose e 25% a segunda. Ao todo, são 1,4 milhões de capixabas com atraso na segunda ou na terceira dose.
Para isso, algumas medidas serão tomadas, como
um mutirão estadual de vacinação por mês. Outra é a realização de mutirões nos municípios e imunização em horários diferenciados em cada uma das cidades capixabas.“Os vacinados transmitem menos o vírus, tem menos complicações depois que pegam a Covid-19. As pessoas têm todas razões do mundo para tomar vacina, seja criança, adulto ou idoso. Quem vacina adoece com menos gravidade, tem menos risco de morte”, afirma o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, que participou ao lado de Nésio de coletiva de imprensa nesta terça-feira.
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Tratamento
O gestor anunciou ainda que, em junho, será disponibilizado tratamento específico para pessoas afetadas pela Covid-19, com dois medicamentos, incorporados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).