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Eventos corporativos serão autorizados a partir de primeiro de setembro

Novas liberações serão acompanhadas de um pacto com a sociedade pela redução de óbitos, ressalta Casagrande

A partir do dia primeiro de setembro, o governo do Estado autorizará o funcionamento dos chamados eventos corporativos, que envolvem atividades acadêmicas, técnicas e científicas, como palestras, seminários e congressos. 

O anúncio foi feito em pronunciamento do governador Renato Casagrande (PSB) em suas redes sociais nesta sexta-feira (14). A liberação, ressaltou, deve ser acompanhada de um novo pacto com a sociedade capixaba pela redução dos óbitos decorrentes do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e será feita mediante protocolos que estão sendo elaborados pelas equipes técnicas do governo. “Serão parâmetros claros e associados ao avanço da pandemia. Se a pandemia avançar, reduziremos as atividades. Tudo debatido com cada segmento”, disse. 


Casagrande lembrou que os museus já foram reabertos desde primeiro de agosto e que galerias, bibliotecas e acervos estarão liberados em setembro, bem como teatros, auditórios e salas de apresentação, estes, sem a presença do público. “Se um grupo quer fazer uma live usando a estrutura de um auditório ou teatro, sem público, poderá utilizar”, exemplificou.

Durante o pronunciamento, o governador enfatizou que “passamos pelo pior momento da pandemia”. Entre 15 de junho e 15 de julho, disse, foi o período de maior índice de transmissão e maior demanda por leitos hospitalares, especialmente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Nós vencemos a batalha por leitos, mas não vencemos a pandemia ainda. Passamos pelo pior momento, quando morriam 40 pessoas por dia, mas ainda perdemos 20 pessoas por dia, o número ainda é muito alto. Temos uma tarefa gigantesca pela frente e é isso o que deve mobilizar a sociedade capixaba a partir do mapa de risco”, conclamou, citando a abertura de 1,5 mil leitos hospitalares, sendo 715 de UTI, parte deles já revertido para outras enfermidades.

“Nossa maior preocupação em fevereiro, março, abril, era achatar a curva para que nós pudéssemos atender a todos que demandassem leitos de UTI, especialmente, e que a gente pudesse ter tempo de buscar a aquisição de ventiladores. Reduzimos atividade econômica e social, tivemos ajuda de muita gente, conseguimos achatar a curva”, relatou.

“Estamos desenvolvendo um processo de gestão e convivência com a pandemia”, disse, ressaltando que trata-se de “uma tarefa de todos nós”. A partir do momento que a equipe técnica estabelecer a nova metodologia, prosseguiu, “quero fazer um pacto com a sociedade capixaba, para além da administração pública”, conclamou.

“O nível de isolamento social vai reduzindo, mas nós não precisamos reduzir distanciamento social nem os procedimentos de higiene, não precisamos aglomerar. Precisamos e podemos continuar usando máscaras”, pediu.

Nova matriz de risco
A partir de setembro também, informou Casagrande, será iniciada “uma nova etapa” na convivência com a pandemia, em que o principal fator a ser considerado na gestão da crise é o número de óbitos por município. “É o que vai dizer efetivamente se o município está com risco mais baixo ou mais alto. Nosso desejo é não ter nenhum óbito pela Covid no Espírito Santo”, destacou. 
Nesse sentido, uma nova matriz de risco será apresentada neste sábado (15). A metodologia, rememorou, vem sendo aperfeiçoada desde abril. “Primeiro foi só o mapa de risco, que levava em consideração o índice de pessoas contagiadas. Depois passou a ser a matriz de risco, que leva em consideração outros indicadores, como letalidade, pessoas com mais de 60 anos, índice de isolamento social, e agora casos ativos”, elencou.

Casagrande enalteceu ainda o trabalho de fiscalização por parte dos municípios, que deve continuar, bem como o da atenção primária em saúde, identificando e isolando os casos ativos.

O índice de transmissão (Rt) médio do Estado já está abaixo de 1, informou o governador, mas nas regiões noroeste e nordeste ele é maior que 1, sendo crescente o número de pessoas contagiadas e que perdem a vida.

“Espero que a gente não tenha uma segunda onda. Mas nessa onda, já passamos pelo pior momento, mas temos uma tarefa de todos nós. Vou mais uma vez me reunir com toda a sociedade capixaba com seus representantes, para que a gente faça um pacto para reduzir o número de pessoas internadas e reduzir os óbitos”, conclamou.

Segundo o Painel Covid-19 desta sexta-feira (14), já são 2.849 as vítimas fatais da Covid-19 no Estado.

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