Os capixabas estão cada vez mais ameaçados pela febre amarela. Segundo o Ministério da Saúde (MS), 22 casos de suspeitos de febre amarela estão sendo investigados no Espírito Santo. Em 2017, 330 casos da doença foram registrados no Estado, com 100 mortes.
Segundo o Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (7), 353 casos e 98 mortes por febre amarela foram registrados entre 1º de julho de 2017 e 6 de fevereiro deste ano. Foram notificados em todo o país 1.286 casos suspeitos de febre amarela, sendo que 510 foram descartados e 423 permanecem em investigação. No mesmo período do ano passado, foram confirmados 509 casos e 159 óbitos.
O governo federal insiste em afirmar que não há febre amarela urbana no país. Mas admite que está sendo investigado um caso identificado em São Bernardo do Campo, São Paulo. Segundo o Ministério, todas as investigações dos casos conduzidas até o momento indicam exposição em áreas de matas. E onde ocorreram casos humanos também ocorreram casos em macacos.
O cerco ao Espírito Santo fica claro pela ocorrência de casos de febre amarela em dois estados vizinhos. Em Minas Gerais, com 358 notificações no período, dos quais 157 estão sendo investigados e 44 mortes confirmadas: E, ainda, por casos ocorridos no Rio de Janeiro, com 40 notificações, 34 casos confirmados, com 12 óbitos.
No Espírito Santo 330 casos de febre amarela foram confirmados no ano passado. Cem capixabas morreram no período.
A doença
O Ministério da Saúde explica que a febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África.
Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe.
Não existe tratamento específico. É apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.
A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença, indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença.
A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos. A vacina é contra indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.