Nésio Fernandes considera inadequado informar sobre cada etapa das negociações que estão em andamento
As negociações entre o governo Renato Casagrande (PSB) e fornecedores de vacinas, segundo o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, prosseguem. Entretanto, não serão dadas informações sem que de fato estejam concluídas, conforme relatou o gestor da pasta em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (9), da qual participou com o subsecretário de Vigilância Sanitária em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
“Vamos preservar a discrição nas negociações. Não iremos fazer anúncios cotidianos a cada etapa de negociação com os fornecedores. Isso não é adequado. A população precisa de informações concretas. Não estamos em campanha eleitoral, estamos enfrentando uma pandemia de maneira responsável”, disse.
As negociações, explica Nésio, são complexas por envolver várias etapas, que englobam questões como preço, checagem de fornecedores para evitar golpes, e disponibilidade real de entrega das vacinas. De acordo com ele, quando se concretizarem, o Governo do Estado irá anunciar, dando visibilidade aos trâmites feitos em cada uma das etapas de aquisição das vacinas.
O secretário também se posicionou contrário ao Projeto de Lei 948/2021, aprovado na Câmara dos Deputados e que seguiu para votação no Senado. A proposta possibilita a compra de vacinas por parte da iniciativa privada para imunizar seus funcionários, desde que a mesma quantidade adquirida seja doada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Para Nésio, caso seja aprovado, irá dificultar a compra de vacina por parte do poder público, causando, inclusive, uma corrida de grande número de intermediários, aumentando o preço dos imunizantes. “Toda a disponibilidade de vacina deve ser garantida para o poder público para que seja inclusa no seu Plano Nacional de Imunização”, defende.
Luiz Carlos Reblin informou que o problema da falta de insumos para produção da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, foi contornado e está confirmada a meta de produção de 46 milhões de doses a serem distribuídas para todo o Brasil no mês de abril.
Ele recordou que, na próxima segunda-feira (12), começa a campanha de vacinação contra a gripe. Como é preciso um espaço de tempo entre a vacina da Covid-19 e outras, é recomendável a quem ainda não está entre os grupos prioritários para imunização contra o coronavírus, que procure desde já a imunização da gripe.