Secretário Nésio Fernandes anunciou, nesta segunda-feira, monitoramento de pacientes com oxímetros domiciliares
Ainda não há qualquer anúncio, por parte da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), de aumento dos investimentos em Atenção Primária em Saúde (APS), apesar de sua importância para evitar o agravamento dos casos da doença e a redução da pressão sobre os leitos de UTI.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou que “a atenção primária, desde o início da pandemia, tratou de se organizar para atender os pacientes do Covid, dadas as suas limitações e características, e as limitações e características que a própria pandemia apontou”.
Num primeiro momento, relatou, “as unidades básicas de saúde foram orientadas a organizar fast tracks, formas de acesso rápido, para que os diagnósticos dos casos leves principalmente fossem feitos na atenção primária, e demonstraram muito sucesso de acompanhamento da APS”.
Oxímetros domiciliares
Por parte da Sesa, que coordena o trabalho dos municípios nessa área, está sendo construída uma Agenda de Resposta Rápida em Atenção Primária em Saúde no combate à Covid – ARRAPS. A estratégia, disse o secretário, “aponta para a necessidade de avançar no monitoramento com oxímetros domiciliares para outras ações que possam garantir um diagnóstico mais oportuno da descompensação respiratória dos pacientes em isolamento domiciliar”.
A agenda contempla também ações para após a pandemia, com o retorno das atividades que tenham sido suspensas, e para o fortalecimento das atividades já realizadas, e está disponível para os 78 municípios capixabas, abordando diferentes aspectos da APS.
Segundo divulgado no portal da Sesa, o documento tem mais de 200 páginas e é um “checklist” que orienta as equipes de profissionais da APS em ações e diretrizes para fortalecer seu potencial indutor de promoção da saúde, prevenção de doenças, assim como o cuidado continuado às pessoas de seus territórios.
A chefe de Núcleo Especial de Atenção Primária da Sesa, Tânia Mara Ribeiro dos Santos, informou que o documento já foi distribuído aos municípios e os retornos recebidos sobre a iniciativa são muito positivos. “São ações para processos de trabalho para garantir a segurança no atendimento, tanto para profissionais quanto para usuários. Um exemplo é atendimento a doentes crônicos, serviço que não pode parar mesmo neste momento de enfrentamento de uma pandemia”.
A agenda conta, ainda, com duas cartilhas que podem ser utilizadas pelos municípios. Uma trata sobre qualidade de vida, com dicas sobre prevenção a doenças mentais que possam ocorrer neste momento de isolamento social, com exercícios simples que o cidadão pode praticar em casa. Outra apresenta exercícios respiratórios importantes que podem ser praticados por quem já teve a Covid-19, tudo indicado por fisioterapeutas.
“Hoje, estamos muito tranquilos e seguros que a estratégia definida no mês de março foi acertada e conseguiu acompanhar a evolução da pandemia. O Espírito Santo não colapsou, garantimos leito hospitalar a todos que precisaram”, declarou, mencionando uma quinta fase da expansão de leitos para o mês de julho, quando devem ser abertos mais 120 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19, o que pode elevar o total para 820.