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Himaba e Sesa solicitam verba ao Ministério da Saúde para piso dos técnicos

Técnicos de enfermagem não receberam valor referente a cincos meses de 2023

Sesa

A Acqua, que administra o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, encaminhou para o Ministério da Saúde, juntamente com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), uma lista com os técnicos em Enfermagem que ainda não receberam o complemento do piso salarial referente aos meses de maio, junho, julho, agosto e setembro de 2023. O envio, informa a presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde no Estado do Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Geiza Pinheiro, foi para solicitar o repasse do recurso para efetivar o pagamento. Contudo, a lista está incompleta.

Muitos trabalhadores acionaram o sindicato para reclamar que ainda não receberam. A dirigente sindical afirma que quando vai conferir a lista, alguns nomes que procuram a entidade não constam nela. “Estamos cansados de cumprir o papel de apagar incêndio do RH [Recursos Humanos]. Quando vemos que a pessoa não está na lista, entramos em contato com o RH, que diz que o trabalhador não tem direito. A gente pergunta o porquê, mas não informam. É muito desrespeitoso”, lamenta.

Geiza relata que os trabalhadores têm procurado o sindicato porque ao procurar o RH se sentem ameaçados, uma vez que não veem no departamento “boa vontade para responder as perguntas”. Além disso, destaca, o hospital tem histórico de retaliações a profissionais que reclamam em relação à retirada de direitos, como o caso de trabalhadores que foram demitidos por terem questionado a não concessão de folgas, como a de aniversário, prevista na Convenção Coletiva.

A presidente do sindicato relata, inclusive, que tem solicitado aos trabalhadores que alegam não terem recebido e não estão na lista, que mostrem o extrato bancário para comprovar. Diante disso, o sindicato não descarta a possibilidade de paralisações, a serem deliberadas em assembleia prevista para o início de novembro.

Ao todo, informa Geiza, o valor total ainda não pago, referente a maio, junho, julho, agosto e setembro de 2023, chega a R$ 1,2 milhão, com cerca de 300 trabalhadores com o piso salarial atrasado. O Himaba também não havia pago o complemento do piso referente a agosto último para cerca de 100 técnicos de enfermagem. Com as reivindicações por parte do sindicato, a Acqua se comprometeu a pagar até 11 de outubro, o que de fato foi feito.

Contudo, afirma Geiza, o complemento sempre é pago com um mês de atraso. A alegação da Acqua para isso, diz a dirigente sindical, é o atraso do repasse do valor vindo do Ministério da Saúde. Por isso, o sindicato já propôs à Secretaria de Saúde que encaminhe o valor necessário e depois compense quando a verba federal chegar, mas ainda não houve retorno quanto ao pleito.

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