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Hospital Bezerra de Farias suspende atendimento por falta de médicos

O único hospital público de Vila Velha, a segunda cidade mais populosa da Grande Vitória, teve o atendimento clínico para pacientes que buscavam o Pronto-Socorro suspenso nesse domingo (18). O motivo foi a falta de médicos na especialidade clínica geral. A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES).  
 
O diretor de Comunicação do Sindicato, Valdecir Gomes Nascimento, explica que a direção do Hospital Bezerra de Farias, deixou que os contratos dos clínicos vencessem, sem que houvesse renovação ou que novos profissionais fossem chamados para fazer a substituição. Além disso, conforme determina o Ministério Público, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não tem feito concurso público para efetivar novos médicos. Dessa forma, em pleno domingo, o hospital se viu sem clínicos para atendimento à população. 
 
Ainda segundo Valdecir Nascimento, a direção-técnica, que deveria ter acionado um clínico de outro plantão, preferiu assinar um documento comunicando ao Samu, ao PA da Glória e à Rodosol que não haveria atendimento externo. “Mais uma vez, a negligência do governo Paulo Hartung cria um risco de altíssima gravidade para qualquer cidadão que eventualmente necessitasse de atendimento clínico de emergência. O Sindicato já realizou diversas denúncias e solicitou providências frente aos constantes atos de irresponsabilidade verificados no Bezerra de Farias. Vamos reforçar as queixas ao Ministério Público e exigir que o Estado cumpra sua responsabilidade com a população”, explicou Valdecir.
 
A presidente do Sindsaúde, Geiza Pinheiro, lembrou que a falta de profissionais, a exemplo da constante falta de medicamentos, é fruto de um modelo que favorece o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS). “Primeiro eles transformam o hospital numa bagunça, criando uma situação caótica. Depois, apresentam a terceirização como solução. O dinheiro que falta na compra de remédios e também para realizar concurso público é o mesmo que garante o enriquecimento dos empresários beneficiados pela privatização. Vamos barrar isso nas ruas, com luta radicalizada”, disse Geiza.

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