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Prevalência de casos de Covid-19 é maior em estudantes do que em trabalhadores da educação

Entre os alunos testados, segundo a Sesa, 11,1% foram positivados. Entre os trabalhadores, 7,8%

O Inquérito Escolar divulgado na manhã desta segunda-feira (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que a prevalência da Covid-19 é maior entre os estudantes do que entre os trabalhadores da educação no Espírito Santo. Dos alunos das redes municipal, estadual e privada testados, 11,1% foram positivados. Entre os trabalhadores, a porcentagem é de 7,8%.

O Inquérito Escolar foi apresentado pelo gerente Estadual de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, e pela médica infectologista da Subsecretaria de Estado de Vigilância em Saúde, Cristiana Costa Gomes. A margem de erro dos dados é de 1,8% para mais ou para menos.

Considerando a Grande Vitória, o número de estudantes positivados foi de 11,3%. No interior, 10,7%. Entre os trabalhadores esses números foram, respectivamente, 8% e 7,4%.

“Lembrando que isso não é reflexo do pós abertura de escolas, reflete o passado, quando as escolas ainda não estavam abertas”, diz Cristiana, referindo-se ao fato do Inquérito ter sido feito em outubro, quando, segundo ela, poucas escolas estavam abertas, e por pouco tempo, cerca de uma ou duas semanas. O inquérito foi feito com escolas de ensino fundamental e médio. O grupo de trabalhadores da educação não se restringe aos docentes, contemplando outros profissionais, como os da limpeza, cantina e setor administrativo.

Entre os estudantes, quando analisado o quesito tipo de escola, percebe-se mais casos de Covid-19 nos estabelecimentos de ensino municipais do que nos estaduais e privados. Entre os trabalhadores, a maior frequência de casos positivos foi no quesito raça/cor declarada parda ou preta. Foi feito recorte entre esse grupo, constatando maior número de casos positivos entre os não docentes. 
Levando em consideração os municípios, Linhares é o de maior número de positividade em meio aos estudantes, com 16,5%, seguido de Marataízes (15%), Vila Velha (12,3%), Cachoeiro de Itapemirim (11,8%), Vitória (11,7%), Cariacica (11,2%), Serra (10,2%), Colatina (10,1%), São Mateus (7,9%), Nova Venécia (7,3%), Afonso Cláudio (4,4%) e Santa Maria de Jetibá (3,7%). Ainda considerando os municípios, mas com foco nos trabalhadores da educação, o de maior número de casos positivos foi Colatina, com 11,3%, seguindo de Cariacica (10%), Linhares (9,5%), Vila Velha (9,3%), Cachoeiro do Itapemirim (8%), Nova Venécia (6,8%), Vitória (6,8%), Serra (6,7%), Marataízes (5,3%), São Mateus (4,8%), Santa Maria (4,5%), Alegre (3%) e Afonso Cláudio (2,1%). 
Os estudantes que tiveram Covid-19 e sentiram sintomas totalizam 37,9%. Entre os sintomas estão cefaleia (61,2%), congestão nasal (32,6%), tosse (32,6%), dor de garganta (31,8%), coriza (30,2%), febre (28,7%), anosmia (27,9%), mialgia (27,1%) e ageusia (27,1%). Os trabalhadores não assintomáticos foram 65%, tendo sentido principalmente cefaleia (55,1%), augesia (53,5%), anosmia (51%), mialgia (46,5%), fadiga (45,5%), febre (38,9%), tosse (34,8%), coriza (34,3%), congestão nasal (33,3%) e dor de garganta (27,3%). 
Subsecretário defende aulas presenciais
O subsecretário Estadual de Saúde, Luiz Carlos Reblin, afirmou durante a entrevista coletiva que especialistas de vários países reafirmaram a importância do retorno às aulas presenciais. “As aulas são fundamentais para o aprendizado, convívio social e saúde mental. Não há razão para não retornar”, disse.

De acordo com ele, o Plano Estadual de Vacinação foi aprovado na Comissão Intergestores Bipartite, composta pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e representantes dos municípios. 

O Plano, afirma, contempla questões como estrutura das unidades e necessidade de contratação de pessoal. Ele explica que os municípios terão que elaborar um plano municipal. O subsecretário informou, ainda, que já foram adquiridas 1,4 milhão de seringas, o que considera suficiente para vacinar os primeiros grupos previstos no Plano Nacional de Imunização. Segundo Reblin, serão adquiridas mais 1,5 milhão até o final de dezembro, além 
Ele também destacou que a recusa a se vacinar pode trazer problema para garantia de matrícula nas escolas, já que existe uma legislação no Espírito Santo que estabelece que podem ser matriculadas somente crianças com cartão de vacinação em dia. Reblin afirma que essa medida restritiva pode ser adotada também para voos internacionais e retirada de documentos, mas isso carece de regulação nacional.

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