Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica somaram 55% dos casos nas últimas 24 horas. Há um mês, eram 68%
O Painel Covid-19 desta quarta-feira (8) confirmou 1.834 novos casos e 32 mortes pela doença nas últimas 24 horas. Desse total, os quatro municípios mais populosos da Grande Vitória concentraram 54,9% dos casos e 50% dos óbitos: Vila Velha (220 casos e 9 óbitos), Serra (237 e 5), Vitória (225 e zero) e Cariacica (325 e 2). Há um mês, no início de junho, os mesmos quatro municípios somavam 68% dos casos novos.
O interior do Estado, no entanto, tem 37 municípios com risco moderado, onde as restrições para funcionamento das atividades comerciais são menores, incluindo municípios e localidades turísticas onde pousadas, hotéis e restaurantes têm permissão do Estado e das respectivas prefeituras para voltarem a funcionar, ficando a decisão de retorno a critérios dos proprietários, caso a comunidade onde estejam inseridas não esteja suficientemente mobilizada pela manutenção do isolamento social.
Em nota, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) disse que “os municípios têm autonomia para decidir sobre o funcionamento dos serviços em seu território desde que estas decisões não sobreponham às do Governo do Estado. Vale lembrar que os meios de hospedagem que mantiverem o funcionamento são orientados a seguir os protocolos sanitários recomendatórios para enfrentamento do novo Coronavírus (Covid -19) propostos pelo Ministério do Turismo com aprovação da Anvisa”.
Ainda segundo o Painel desta quarta, o Estado já soma 58.537 pessoas testadas positivamente para a Covid-19 e 1.911 vítimas fatais. Os pacientes curados somam 38.609, sendo 1.511 nas últimas 24 horas. Registram-se 126.924 testes já realizados, 2.668 deles no mesmo período. A taxa de letalidade está em 3,26%.
Com uma prevalência aproximada de 10% da população já contaminada pelo novo coronavírus, o Espírito Santo mantém um crescimento exponencial do número de casos e óbitos, apesar da diminuição do índice de transmissão (Rt) – atualmente em 1,5 na média estadual, de 1,2 na Grande Vitória e de 1,7 no interior – o que exige aumento do isolamento social como forma de controlar a pandemia.
“Com a redução da taxa de transmissão, os casos dobram de maneira mais lenta, no entanto, com uma prevalência muito alta. Isso quer dizer que o número final de casos, ainda que a taxa de transmissão seja menor, segue em grande quantidade. Por isso não é possível, com uma prevalência tão alta, tomar decisões de flexibilização. É necessário que observemos uma tendência de queda sustentada de óbitos, de pacientes graves e positivos, em especial de fase aguda”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva na última sexta-feira (3).
“Existem riscos que podem comprometer a tendência de estabilização na Grande Vitória, que é a chegada do inverno, a prevalência de dias mais frios e chuvosos nesse período, e a redução do isolamento social. São os principais riscos pra que essa tendência de estabilização da procura de leitos possa ser quebrada”, alertou.