Amostra ainda é analisada em laboratório de referência do Rio de Janeiro; Brasil já confirmou oito casos da doença
O primeiro caso suspeito de varíola do macaco no Espírito Santo, anunciado na última semana, foi descartado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/ES). Nesta segunda-feira (20), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que a amostra foi enviada ao laboratório de referência na Universidade Federal do Rio de Janeiro para investigação.
“A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informa que todos os exames de diagnóstico diferencial realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/ES) em amostras coletadas em homem estrangeiro, 44 anos, comandante de embarcação marítima, com suspeita de varíola do macaco (monkeypox), foram descartados”, informou a pasta.
O paciente segue em isolamento. Ele recebeu alta do hospital privado da Grande Vitória em que estava internado desde a última quarta-feira (15). Trata-se do comandante de uma embarcação marítima de carga procedente de Singapura, que estava fundeado na costa capixaba. No último dia 9, ele começou a apresentar sintomas como febre e erupções cutâneas, sintomas que também têm sido relatados por pessoas contaminadas pela nova doença ao redor do mundo.
De acordo com a Sesa, até o momento, não há novos casos suspeitos de monkeypox no Espírito Santo. Enquanto isso, nesse domingo (19), o Ministério da Saúde informou que foi confirmado o oitavo caso no Brasil. O homem de 25 anos, morador da região metropolitana do Rio de Janeiro, não viajou para o exterior, mas teve contato com estrangeiros.
A identificação de casos em diferentes países do mundo acendeu o alerta de médicos e especialistas. No último sábado (18), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu passar a trabalhar em uma resposta unificada ao vírus. Isso porque, antes dessa nova onda de disseminação da doença, a varíola do macaco era considerada endêmica em países da África Central e da África Ocidental, onde o vírus circulava o ano todo, com volume esperado de casos.
Nos últimos meses, no entanto, casos passaram a ser identificados em outras partes do mundo, principalmente na Europa, que é responsável por 84% dos casos notificados. De acordo com a OMS, só entre janeiro e junho deste ano, 2.103 casos confirmados da doença foram relatados em 42 países.