A média móvel de óbitos por Covid-19 nos últimos 14 dias aumentou no Espírito Santo, conforme informou o secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (5). Em 20 de dezembro, a média móvel era de 2,8 e subiu para 3,4. A taxa de positividade para a doença subiu 30%. O gestor aponta que isso é resultado das aglomerações das festas de fim de ano, que considerou “inadequadas”.
O gestor defende que não é preciso que os óbitos voltem à casa dos dois dígitos para se reconhecer o alerta epidemiológico. “Não é aceitável, não vamos reconhecer situação de complexo risco somente se voltarmos a ter 10, 15 óbitos por dia”, disse. O secretário também informou que houve uma grande taxa de absenteísmo nos pontos de testagem, chegando a 60% em alguns casos.
As festas de fim de ano, acredita Nésio, podem determinar a aceleração da transição da predominância da variante Ômicron em todo o país, com sobreposição com a epidemia de Influenza. Foi informado ainda que 1,3 milhão de capixabas não estão com o esquema vacinal completo. Diante desses fatores, afirma, será necessário o aumento da oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermaria.
“Se as vacinações ampliarem, teremos menos possibilidades de viver uma situação mais complexa de pressão assistencial hospitalar”, acredita. Segundo Nésio, 400 mil testes foram distribuídos aos municípios nessa terça-feira (4). Além disso, no site Vacina e Confia passará a constar informações de pontos de testagem por antígeno e RT-PCR por município.
Outra novidade é que os pontos de testagem serão incrementados por meio de um acordo de cooperação entre a Federação das Unimeds no Espírito Santo com a gestão de Renato Casagrande (PSB), por meio do qual será realizada oferta de livre demanda de teste de antígeno para qualquer cidadão capixaba, que, caso teste positivo, deve procurar o Sistema Único de Saúde (SUS). Os pontos de testagem ainda serão divulgados.
Carnaval
Há possibilidade de haver restrições a eventos carnavalescos. Será feita uma reunião com os municípios para avaliar o possível cenário de fevereiro, para avaliar a situação. Entretanto, podem ser tomadas medidas distintas para os desfiles no Sambão do Povo e para o carnaval de rua.
O gestor destaca que a cobertura da terceira dose é insuficiente e que é preciso avançar na da segunda “para enfrentar com menos risco a situação de predominância da Ômicron”.