Demandas foram discutidas com a vice-governadora, Jaqueline Moraes, mas não houve retorno
Passado um mês da última reunião com a vice-governadora, Jaqueline Moraes (PSB), o Fórum Capixaba em Defesa da Saúde Pública, o Núcleo Estadual da Luta Antimanicomial e o Fórum Metropolitano sobre Drogas criticam que não houve nenhum retorno por parte do Governo do Estado em relação às demandas apresentadas para garantir o atendimento da Rede de Atendimento Psicossocial (RAPS) durante a pandemia do coronavírus. Esses movimentos apresentaram um documento com cerca de 50 reivindicações, no qual solicitam a implementação imediata de um plano operacional de emergência em saúde mental.
De acordo com o documento, em nenhuma normativa do Governo do Estado foram mencionadas ações específicas, seja para as populações já usuárias da RAPS/Rede Socioassistencial, seja para a população que passou a demandar intervenções especializadas na saúde mental. “Portanto, apontamos como necessária e urgente a inclusão do debate com especialistas sobre as ações nas áreas de Saúde Mental e Apoio Psicossocial (SMAPS) no Gabinete de Crise do Governo do Estado, de modo a garantir a inclusão de medidas concretas no plano estadual de contingência frente à pandemia da Covid-19”, apontam.
A primeira reunião com a vice-governadora, recorda, foi em 27 de março. Segundo Fabíola, os movimentos questionaram o fato de Jaqueline não ter convidado nenhum representante da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), e sim, o diretor do Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), Felipe Goggi. “Deixamos claro que gostaríamos da presença de alguém da Sesa, com poder de decisão. O direto do HEAC não responde pela Rede”, informa Fabiola.
Um dos encaminhamentos da reunião, como afirma, foi apresentar retorno sobre o Samu e os seus fluxos na pandemia, além de terem sido apresentadas as reivindicações do Movimento Mães Eficientes Somos Nós, formado por familiares de pessoas com deficiência.