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Nove mil professores devem ser vacinados na próxima semana no Estado

Ritmo será menor em todos os grupos nas semanas seguintes, quando Butantan não prevê envio de doses

Hélio Filho/Secom

Nove mil professores devem receber a vacina contra a Covid-19 no Espírito Santo na próxima semana, segundo expectativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (23) pelo secretário Nésio Fernandes e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, os gestores explicaram que há uma primeira lista de cinco mil nomes e uma segunda, complementar, de mais quatro mil, que devem receber a primeira dose nesta última semana de abril.

Nas três semanas seguintes, no entanto, a previsão é de redução da velocidade de imunização para todos os grupos em curso, devido ao atraso na produção por parte do Instituto Butantan, responsável pelo envio da Coronavac ao Ministério da Saúde.


“Tivemos por parte do Butantan atraso na disponibilidade do IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] e produção de doses, o que poderá acarretar, ao longo das próximas três semanas, uma suspensão de envio de doses do Butantan para aplicação da D1 e também D2”, alertou Reblin, lembrando que o envio de Coronavac já tem sofrendo redução desde a semana passada. “Nessa semana e na anterior, o Ministério reduziu a disponibilidade de Coronavc, o que vai reduzir a possibilidade de agendar a segunda dose, especialmente na semana que vem”.
O assunto, informou, está sendo tratado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Ministério da Saúde e o próprio Butantan, para adotar medidas seguras que possam preservar a execução do Plano Nacional de Imunização (PNI).

“Temos expectativa de que o Butantan retome a oferta de vacinas para D1 e D2 ao longo da primeira quinzena de maio”, afirmou Nésio Fernandes.

Mérito do SUS
Os professores da educação básica, nas redes públicas e privada, totalizam cerca de 42 mil pessoas, e serão imunizados com as doses dedicadas à reserva técnica do Estado – parte de 5% dos lotes enviados semanalmente pelo Ministério da Saúde, que, a princípio, são guardadas para repor casos de perdas. Graças ao bom desempenho do Estado na aplicação das doses recebidas, a antecipação da imunização dos professores será feita com essa reserva técnica, a exemplo do ocorre com os trabalhadores das forças de segurança.
“O Espírito Santo apresenta grande desempenho na vacinação. Somos um dos estados que mais aplica as doses recebidas. Ao longo de três a quatro dias, as doses chegando, já temos uma quantidade muito grande de municípios que esgotam e paralisam suas atividades por conta da ampla capacidade de vacinação. Isso é obra e mérito dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde [SUS], é obra da mobilização e coesão de gestores municipais, da gestão estadual, da coordenação do PNI no Ministério da Saúde”, expôs Nésio Fernandes.
Por outro lado, destacou o secretário, é preocupante a lentidão com que o Plano Nacional de Imunização tem sido implementado. “Nos preocupa a ampliação da expectativa para setembro da vacinação dos grupos prioritários”, declarou, referindo-se à declaração do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, feita no início desta semana, de que a conclusão da imunização dos grupos prioritários no PNI, a princípio prevista para maio, deve ser retardada em quatro meses, acontecendo apenas em setembro.
“O Brasil para o segundo semestre terá uma situação mais confortável de disponibilização de vacinas, no entanto, é preciso avançar ao máximo antes disso. Nós compreendemos que todos os estados brasileiros, o governo federal, toda a estrutura do Ministério das Relações Exteriores precisa estar dedicada a adquirir a maior quantidade possível de vacinas. As atividades econômicas são prejudicadas e correm o risco de nova interrupção ao longo do segundo quadrimestre, por conta do não alcance da imunidade coletiva protetora alcançada com a população da vacinação”, alertou o secretário estadual.
Futura nova vacina

Nésio Fernandes declarou ainda que o Espírito Santo está negociando uma parceria com o Butantan, para auxiliar no “desenvolvimento das diversas fases da vacina que o Butantan produz, assim como nos diversos outros braços de pesquisa utilizando a Coronavac”.

A expectativa, ressaltou, é que o Espírito Santo seja um dos primeiros estados a adquirir a nova vacina em elaboração pelo Instituto. “Queremos estar na lista dos primeiros estados que farão a aquisição futura da vacina que o Butantan está desenvolvendo”, ressaltou.

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