Trabalhadores da Saúde marcharam nesta quinta-feira da praça Getúlio Vargas até o Palácio Anchieta
Trabalhadores do Estado foram às ruas na manhã desta quinta-feira (7), participar da Marcha da Saúde. O objetivo principal foi defender o Sistema Único de Saúde (SUS) e mostrar sua importância para a sociedade. “O SUS não é somente leito e consulta, ele está na feira, no mercado, no trabalho da Vigilância Sanitária, no alimento que ingerimos, no ambiente saudável”, ressalta a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Espírito Santo (Sindsaúde/ES), Geiza Pinheiro.
A concentração foi na praça Getúlio Vargas, no Centro de Vitória, de onde as pessoas seguiram para o Palácio Anchieta. A manifestação contou com nove alas: aposentados – homenagem a quem doou grande parte da vida à causa da saúde pública; o trabalho na pandemia – exaustão e dedicação; agentes comunitários de saúde e agentes de combate à endemias: o SUS em sua casa; valorização já!; a saúde pede socorro: pela revogação da PEC 95; enfermagem em luta: pela aprovação do PL 2564; usuários em marcha: a saúde como direito fundamental; mulheres em luta: por políticas públicas para a saúde da mulher; e ala do luto – a Covid deixa um rastro de morte e dor.
A defesa do SUS, segundo Geiza, engloba pautas como posição contrária às fundações e Organizações Sociais (OSs) nas administrações dos hospitais públicos; reivindicação de direitos, como adicional de insalubridade; e aprovação do piso salarial da enfermagem e revogação da Emenda Complementar 95, que congela os investimentos em políticas públicas, como as de saúde, por 20 anos.
O PL 2564/2020, de autoria do senador Fabiano Contarato (PT), propõe piso salarial para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras. O requerimento para votação em regime de urgência foi aprovado por 458 votos a 10, na Câmara dos Deputados, em 22 de março. A matéria fixa o piso salarial dos enfermeiros em R$ 4.750, de técnicos de enfermagem em R$ 3.325, e de auxiliares e de parteiras em R$ 2.375. A expectativa é de que mobilizações em todo o Brasil pressionem a votação do projeto ainda no primeiro semestre deste ano, depois de 18 meses de tramitação no Senado.