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Pagamento de salários volta a atrasar em hospital de Itapemirim

Problema coincide com retorno do Instituto Vida Salus à gestão, iniciado em outubro deste ano

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PMI

Parte dos funcionários do Hospital Materno Infantil Menino Jesus, em Itapemirim, no litoral sul do Estado, recebeu, na última sexta-feira (20), o salário referente ao mês de novembro e parte do décimo terceiro – com atraso, uma vez que a data de quitação dos valores é o dia 5 de cada mês. Os médicos ainda não haviam recebido o pagamento, segundo informações apuradas por Século Diário.

O atraso nos pagamentos coincide com a volta do Instituto Vida Salus à gestão do hospital, iniciada em outubro. Durante o período em que o Marfran Instituto e Gestão em Saúde estava na administração, as denúncias de atrasos cessaram. Por outro lado, os trabalhadores estavam atuando sem carteira assinada e registro de ponto.

Procurado por Século Diário, o prefeito de Itapemirim, Dr. Antônio (União), encaminhou o extrato do repasse de R$ 3 milhões relativo ao contrato do Hospital Menino Jesus, realizado na sexta-feira, acrescentando que todas as parcelas referentes ao ano de 2024 estavam quitadas. Ele também encaminhou o extrato de pagamento de R$ 1,5 milhão ao Hospital Evangélico Litoral Sul, realizado no dia 18. De qualquer forma, a unidade hospitalar não tem sido alvo de denúncias de atrasos salariais.

No caso do Hospital Menino Jesus, o Marfran Instituto e Gestão em Saúde e a Prefeitura de Itapemirim são alvos de uma ação judicial movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Cachoeiro (Sitesci), devido a irregularidades trabalhistas.

Apesar de não ser parte da ação, o Instituto Vida Salus também foi citado por ter deixado de fazer pagamentos após sair da administração do hospital no início do ano. Funcionários cobram até hoje o pagamento do salário referente ao mês de fevereiro deste ano.

Gestão tumultuada

O Instituto Vida Salus havia sido contratado em 2023 para a gestão do hospital, pelo período de um ano, com o contrato vencendo em 31 de dezembro. Ainda assim, a entidade continuou na administração durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano, sem nenhum vínculo formal.

No fim de 2023, a então secretária de Saúde de Itapemirim, Rafaela Abdon Soares, começou a apontar irregularidades no hospital. Já o diretor do hospital e representante do instituto, Jefferson Guisso Neves, enviou ofício à Câmara de Vereadores denunciando atrasos nos repasses financeiros da prefeitura. Começaram a surgir, também, denúncias de atrasos nos salários dos funcionários.

Em 1º de março deste ano, a Prefeitura e Itapemirim anunciou a troca de gestão no Hospital Menino Jesus. O Marfran assumiu a administração a partir de um contrato emergencial. Os funcionários continuaram com atrasos e o hospital teve problemas com abastecimento de insumos, com trocas de acusações entre o Instituto Vida Salus e a secretária de Saúde a respeito da responsabilidade da situação.

Sete meses após sua polêmica saída, o Instituto Vida Salus retornou à gestão do hospital, após vencer o processo licitatório. A contratação é de cinco anos, válida até 10 de outubro de 2029. O valor anual a ser repassado dos cofres públicos para a empresa é de R$ 36 milhões. Da primeira anuidade, R$ 9 milhões deverão ser repassados ainda este ano e outros R$ 27 milhões em 2025.

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