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‘Pessoas pedem fechamento do comércio, mas não abrem mão da praia’, critica Casagrande

Isolamento social é de apenas 47%. Estado tem 3.714 casos confirmados, 146 mortes e 63% de ocupação de UTI

Secom

“Há pessoas que defendem fechamento de comércio como forma de isolamento, mas não abrem mão da sua praia, do seu lazer”. A crítica foi feita pelo governador Renato Casagrande (PSB) em seu pronunciamento desta quarta-feira (6). 

“Em primeiro lugar: podendo, fique em casa. Segundo: se tiver que sair, mantenha o distanciamento, use máscara, higienize as mãos e não se aglomere. Terceiro, as pessoas do grupo de risco não podem sair. “É uma determinação que não é só de governo, é sua, individual. A responsabilidade é nossa, individual, para atingir o interesse da coletividade”, clamou. 


“A moléstia, a pandemia, é de médio e longo prazo. Precisamos mudar nosso comportamento durante todo esse ano e no ano que vem, até chegar a vacina e o tratamento. Senão, o Espírito Santo pode colapsar, como já aconteceu em outros estados”, alertou.

O Estado tem apenas 47% de isolamento, segundo dados dessa terça-feira (5), abaixo do mínimo de 55% perseguido pelo governo do Estado e que só foi alcançado no início da pandemia, quando chegou a mais de 60%. Nos fins de semana o percentual costuma subir, mas não se sustentam nos dias comerciais.

Com menos de 55%, afirma o governador, não é possível planejar a flexibilização da economia, especialmente do comércio, que tem vários setores de portas fechadas desde o dia 23 de março.

Nove municípios capixabas, sete deles no interior, estão com isolamento social abaixo da média da região metropolitana, de 44,8%, segundo a última medição. Os menores percentuais estão, em ordem crescente, em: Bom Jesus do Norte (39,6%); Colatina (40,6%); Cachoeiro de Itapemirim (41,2%); Cariacica (42,9%); Linhares (41,9%); Serra (43,2%); Aracruz e São Mateus (43,8%); e Nova Venécia (44,2%).

Desses, Bom Jesus é classificado como médio risco de contaminação, Cariacica e Serra possuem alto risco, e os demais baixo risco, segundo o último mapa de gestão de risco do Estado, atualizado no sábado (2).

Aumenta a taxa de ocupação de UTI

Outro fator que mostra indubitavelmente o agravamento da crise epidêmica no Estado é a taxa de ocupação de UTI. Nas últimas 24 horas, por exemplo, foram entregues mais 20 leitos (375 no total), mas a taxa de ocupação saltou de 61% para 63%. “A demanda por leitos é crescente”, exclamou Casagrande. 
O Painel Covid-19 desta quarta-feira (6) mostra a confirmação de mais 174 casos e 13 óbitos, totalizando 3.714 casos confirmados e 146 mortes pela doença. A taxa de letalidade também subiu, para 3,93%. No período, foram feitos mais 998 testes e 109 pessoas foram curadas, totalizando 1.237 curados e 16.996 testes realizados.

O maior número de casos confirmados está em Vila Velha (889), seguido de Serra (744), Vitoria (726), Cariacica (487), Viana (86), Guarapari (55) e Fundão (36).

Serra tem 30% das mortes

Já em número de óbitos, Serra se destaca, com 48, o equivalente a um terço do total do Estado. Em seguida vêm Vitória (27), Vila Velha (26) e Cariacica (16), Fundão (5) e Viana (3).

Outros cinco municípios já registraram duas mortes: Afonso Claudio, Aracruz, Guarapari, Presidente Kennedy e Santa Maria de Jetibá. Com um óbito, estão Castelo, Ecoporanga, Iúna, Linhares, Marataízes, Nova Venécia, Pinheiros, Piúma, São Mateus e Sooretama.

452 respiradores

Casagrande informou que o Estado já comprou 360 aparelhos, e reformou 33, em parceria com empresas privadas e instituições como a Universidade Federal do Estado (Ufes) e o Instituto Federal (Ifes). Além disso, a organização social que administra o Hospital Jayme Santos Neves comprou outros 59, totalizando 452 aparelhos adquiridos especificamente para pacientes de Covid-19.

Desses, 80 novos foram entregues e 33 foram recuperados. Os demais chegarão ao longo dos meses de maio, junho e julho, segundo previsão dos fabricantes, tanto nacionais quanto o fornecedor italiano.

Outros 135 ventiladores mais simples também foram comprados, para equipar unidades de Pronto Atendimento (PAs) para restabelecer pacientes e fazer o transporte em unidades móveis.

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