Mudança pode ocorrer por falta de cumprimento dos protocolos, como tem sido registrado no Estado, e pela variante Delta
O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirmou nesta segunda-feira (26) que o governo pode repensar a flexibilidade de atividades econômicas e sociais no Espírito Santo no segundo semestre. Isso ocorrerá caso não haja compromisso por parte dos capixabas em relação aos protocolos sanitários necessários para prevenção à Covid-19 e diante da possibilidade de circulação da variante Delta.
No último dia 28, o secretário afirmou que os meses de agosto e setembro serão de transição para abertura das atividades econômicas e sociais, sendo que as que poderiam retornar “de maneira mais robusta” seriam as da Educação e Saúde. Na Educação, ele destacou a obrigatoriedade das aulas presenciais. Na Saúde, a retomada das cirurgias eletivas e da atenção primária.
Entretanto, relata, tem sido registrado descumprimento dos protocolos. Eventos foram liberados em cerimoniais, mas a proibição de realização de pistas dançantes não é cumprida em muitos deles, como aponta Nésio, assim como nos bares, que estão realizando shows.
O secretário alerta que os capixabas não podem repetir o que aconteceu entre o Natal e o Carnaval, quando ocorreram aglomerações em diversas festividades, causando a terceira onda da Covid-19 no Espírito Santo. O gestor também salienta que, somada à quebra dos protocolos, a circulação de 10 variantes em solo e a possibilidade da presença da Delta podem fazer com que haja comprometimento da fase de queda nas contaminações, internações e óbitos.
A adesão aos protocolos, segundo Nésio, não poderá ser abandonada em um curto espaço de tempo. Ele afirma que países que encerraram a obrigatoriedade do uso de máscara estão repensando essa iniciativa. O secretário acredita que, ainda em 2022, as pessoas terão que usar esse equipamento de proteção individual em determinados momentos, como em espaços onde há muita gente.