Uma professora de 58 anos, vítima de disparos feitos pelo adolescente de 16 anos em escolas de Aracruz, norte do Estado, tem previsão de alta para a manhã desta sexta-feira (2). Internada no Hospital Estadual de Urgência e Emergência São Lucas (HEUE), em Vitória, ela passou por uma cirurgia em fratura, considerada bem sucedida, conforme consta no boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
No Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN), na Serra, se encontram duas outras professoras vítimas do atentado. Uma tem 51 anos, está em estado de saúde estável, na enfermaria. A outra é a professora de inglês Degina Rodolfo de Oliveira Fernandes, de 37 anos, que segue intubada em grave estado geral, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Duas crianças estão no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória (HINSG), no Pronto-Socorro Dra. Milena Gotardi. O menino de 11 anos permanece estável, na enfermaria. A menina de 14 anos também apresenta estado estável, mas está na UTI, extubada.
A Sesa não divulga os nomes dos internados, “em observância à Lei Geral de Proteção de Dados, bem como ao princípio da liberdade e da privacidade”. O atentado da última sexta-feira (25) já fez quatro vítimas fatais: Selena Sagrillo, de 12 anos, e as professoras Maria Penha Pereira de Melo Banhos, 48 anos, Cybelle Passos Pereira Lara, 45 anos, e Flávia Amboss Merçom, de 38 anos.
O crime
Os ataques foram executados por volta das 9h30, primeiramente contra a EEEFM Primo Bitti, em Coqueiral de Aracruz, onde o atirador havia estudado até junho deste ano. Após arrombar o cadeado, ele invadiu a escola e acessou a sala dos professores e depois outras salas. Em seguida, entrou em um carro Renault Duster dourado, com placas tampadas, para outra escola do bairro, de gestão privada, o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC), onde efetuou mais disparos, deixando outras vítimas, fugindo em seguida com o mesmo veículo.
Ele foi apreendido na tarde do mesmo dia, em uma das casas da família no município, e encaminhado para o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). O adolescente responderá por “ato infracional análogo aos crimes de nove tentativas de homicídio qualificada por motivo fútil, que gerou perigoso comum e com impossibilidade de defesa da vítima e, quatro homicídios qualificados por motivo fútil, que gerou perigo comum e com impossibilidade de defesa da vítima”.
Pai Tenente