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Projeto para testar Coronavac em crianças acima de 3 anos inicia agendamento

A partir desta terça-feira, Projeto Curumim ofertará 1.280 vagas para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos

Foto: Prefeitura de Belo Horizonte.

A partir desta terça-feira (18), 12h, pais e responsáveis poderão agendar a participação de crianças e adolescentes no projeto Curumim, que irá estudar a eficácia da Coronavac em idades pediátricas. A Iniciativa do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (Hucam-Ufes) ofertará 1.280 vagas para capixabas de 3 a 17 anos e pode incentivar a inclusão do imunizante no calendário de imunização infantil contra a COvid-19.

O agendamento poderá ser feito pelo site do projeto e a aplicação das vacinas será realizada no próprio Hucam, em Maruípe. O estudo fará uma comparação entre a eficácia do imunizante da Pfizer e da Coronavac em crianças e adolescentes, por isso, os cadastrados receberão um dos dois imunizantes, de forma aleatória. No caso das crianças com menos de cinco anos, apenas a Coronavac será aplicada.

Além de receber a segunda dose do imunizante após quatro semanas, as crianças e adolescentes cadastradas também serão monitoradas pela pesquisa. Serão coletadas amostras de sangue no momento da aplicação e quatro semanas após a segunda dose. Os pesquisadores também farão a coleta de sangue após 3, 6 e 12 meses, a contar da segunda aplicação. A pesquisa tem o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Butantan.

Pesquisadores irão verificar a capacidade da vacina de produzir defesa contra a Covid-19 em crianças e adolescentes, além de monitorar a segurança da aplicação. Especialistas consideram a pesquisa importante para que a Coronavac também seja uma opção no calendário de vacina em crianças no Brasil, que no momento é realizada apenas com a vacina da Pfizer.

A ampliação já é discutida a nível nacional. Nesta segunda-feira (17), uma nova reunião entre o Instituto Butantan e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá discutir a aplicação da Coronavac em crianças de 3 a 11 anos. Técnicos da agência analisam a eficácia do imunizante nessa faixa etária.

O uso do imunizante também tem sido defendido pelo Secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, há alguns meses. No último sábado (15), o representante da pasta estadual publicou fotos da filha, de quatro anos, participando das fases iniciais do projeto Curumim. De acordo com Nésio, nove crianças pré-cadastradas participaram da fase de treinamento.

“Nossa curumim, Anita de 4 anos, exibida e corajosa. Depois de coletar amostra de sangue sorri orgulhosa e foi para a vacina, primeira criança de 4 anos participante do projeto “Curumim”, que avaliará eficácia, segurança e imunogenicidade da #coronavac em idades pediátricas”, enfatizou,

No início de outubro, Nésio destacou a importância da aceleração dos estudos para utilização da Coronavac em crianças. Em uma coletiva de imprensa realizada pelo governo de São Paulo em setembro, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), também já tinha se colocado à disposição do Instituto Butantan para ser parceiro nos estudos do uso da Coronavac na faixa etária de 3 a 11 anos.

“Temos reiterado a recomendação ao Ministério da Saúde que adote proatividade no desenvolvimento de estudos para subsidiar o uso de vacinas em idades pediátricas. Não podemos ser expectantes, adotando postura passiva, esperando o ‘fabricante apresentar documentos’ (…) É praticamente um consenso na comunidade científica que plataformas de vírus inativado sejam seguras e que podem ter preferência para idades pediátricas. A #coronavac de produção Flag of Brazil, vacina segura e eficaz, já é utilizada em crianças em diversos países”, disse Nésio Fernandes na ocasião.

Site para agendamento no estudo Curumim e mais informações

Pfizer de 5 a 11 anos

No Espírito Santo, a vacinação de idades pediátricas com a Pfizer foi iniciada no último sábado (15), em uma cerimônia simbólica no Palácio Anchieta. Após o envio das doses pelo Ministério da Saúde, a primeira criança a receber o imunizante foi um indígena Guarani, da aldeia Boa Esperança, em Aracruz. Municípios capixabas também já começaram a agendar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.

“A vacinação das crianças deve seguir até o mês de junho para aplicação das duas doses. Queremos vacinar rapidamente todas as crianças para protegê-las o mais rápido possível desse vírus. A vacina traz proteção para as crianças e é um ato de responsabilidade dos pais para com seus filhos”, informou o secretário Nésio Fernandes.

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