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Reabertura do comércio pode levar Estado ao lockdown, alerta sindicato

Presidente do Sindicomerciários, Rodrigo Rocha, afirma que a reabertura parcial aumenta o contágio e mortes por Covid-19

A tendência é o Espírito Santo partir para o lockdown, acredita o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Espírito Santo (Sindicomerciários). A entidade alerta que isso vai acontecer caso a reabertura parcial do comércio, que teve início no último dia 11, não seja revista pelo Governo do Estado. Para o presidente da entidade, Rodrigo Oliveira Rocha, a reabertura foi uma decisão precipitada, pois contribui para o aumento de contágios e mortes por Covid-19. 

O decreto do Governo do Estado estabeleceu que o comércio de produtos ligados ao corpo, como roupa, sapato e cosmético funcionaria na segunda, quarta e sexta. Já o de itens não ligados ao corpo, como material de construção, por exemplo, abriria nas terças e quintas. Na semana seguinte os dias de funcionamento se inverteriam, e assim sucessivamente. Nos dias em que não podem abrir, as lojas podem fazer serviço delivery. Já os shoppings, conforme estabelecido em decreto, devem permanecer fechados. 

Rodrigo destaca que a fiscalização no comércio não tem sido eficiente. O decreto do Governo do Estado afirma que serviços não essenciais não podem abrir aos finais de semana, mas muitas lojas têm burlado essa determinação, aponta. O presidente do sindicato afirma também que há estabelecimentos comerciais que não estão respeitando a alternância de abertura em dias de semana, fazendo-o todos os dias. 
O presidente do sindicato salienta que o sistema de saúde já está em vias de entrar em colapso, sendo, portanto, necessária a revogação do decreto para evitar a circulação do vírus. Caso contrário, acredita, será necessário um lockdown.

Ele destaca que um estudo do Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos (NIEE), formado por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e Instituto Santos Neves (IJSN), aponta que um crescimento de 10% na ampliação do convívio pode causar um aumento de 30,6% no número de mortes pela doença.

“Quem de nós não queria estar com o comércio aberto? Ocorre que a questão não é gosto ou vontade pessoal, querer ou não. Não temos alternativa. Temos que valorizar a vida humana, sobretudo a do trabalhador do comércio, e as únicas ferramentas de que dispomos é o isolamento social e a única alternativa seria a vacina, que ainda está longe de tornar-se realidade”, pontua Rodrigo. 
“As medidas de isolamento são determinantes para reduzir o contágio e garantir atendimento no sistema de saúde. O único adversário do Brasil nesse momento deve ser o coronavírus. Precisamos de uma grande união em torno da vida”, afirmou o dirigente, que enfatiza que as autoridades públicas e empresariais têm que entender definitivamente que não adianta o comércio abrir se não existe quem compre. “Mortos não consomem”, finaliza.

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