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Secretário de Saúde apresenta plano de expansão de leitos de UTI para Covid-19

A meta é chegar a 900 leitos de UTI até fevereiro, contemplando o SUS e as redes filantrópica e privada

O secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário, Luiz Carlos Reblin, anunciaram nesta segunda-feira (14) um plano de expansão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que objetiva chegar a 900 leitos até fevereiro próximo, contemplando o Sistema Único de Saúde (SUS), hospitais filantrópicos e a rede privada. Não há intenção de construção de hospital de campanha. De acordo com Nésio, o plano busca impedir o colapso e garantir leitos para todos, diante da curva crescente dos casos e óbitos no Espírito Santo.

Outra informação anunciada é de que haverá suspensão de atividades eletivas, mas preservando as cirurgias, como forma de expandir a capacidade de atenção à Covid-19. Também serão disponibilizados 40 leitos para Covid-19 no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE) São Lucas e que a Maternidade da Serra, que ainda não foi inaugurada, pode vir a contar com 120 leitos, sendo 100 de enfermaria e 20 de cuidados avançados. O secretário anunciou, ainda, que foi confirmada pelo Ministério da Saúde a chegada de 160 ventiladores para novos 160 leitos de UTI de cuidados avançados. 

Segundo Nésio, a taxa de transmissão do coronavírus está acima de um em todo o Estado. “Quando está acima de um, é sinal de que a pandemia está crescendo. Igual a um é estabilidade. Abaixo de um, diminuição”, explica.

O secretário relatou que, caso a ocupação de leitos potenciais chegue a 80%, os municípios considerados de risco baixo para Covid-19 passarão para moderado, e os moderados, para alto, não havendo nenhum de risco baixo. Em um cenário em que esse número chegue a 90%, haverá municípios considerados de risco extremo. Nésio destacou que a estratégia de expansão de leitos está sendo realizada levando em consideração outras condições de saúde, já que esta época do ano trata-se de um período de muitas chuvas e aumento de viroses, como Dengue, Zika e Chikugunya. 

O secretário de Saúde alertou que, dependendo de como as pessoas vivenciarem as festas de ano e o verão, é possível que não haja redução de óbitos nas próximas oito semanas. “Temos que ter atitude civilizatória. Conhecemos, através da ciência, que aglomerações podem aumentar a transmissão da doença. Nesse período de festa natalina, de fim de ano, o cuidado tem que ser redobrado”, reforçou subsecretário Luiz Carlos Reblin.

Nésio pontuou que nenhuma decisão do poder público, seja ele estadual ou federal, pode impedir eventos domésticos tradicionais no fim do ano. Entretanto, orientou as pessoas a não fazerem aglomeração e afirmou que “ninguém que tem conduta civilizada consegue tolerar essa quantidade de pessoas vindo a óbito”.

Algumas das recomendações do secretário foi para que as pessoas que estão em municípios de risco alto ou moderado não saiam de casa após as 20h, que fiquem em casa aos finais de semana e não façam consumo de bebida alcoólica. “Consumo de álcool aumenta aglomeração. Se a pessoa vai em um restaurante, por exemplo, se ela consome álcool, o tempo de permanência no local é maior”, pontuou.

Festas, shows e boates permanecem proibidos, e, segundo Nésio, não serão tolerados, havendo intensificação das fiscalizações.

Quanto ao plano de vacinação, ele ratificou que o Espírito Santo já tem um, mas sem a vacina a ser utilizada, pois isso dependo do Ministério da Saúde. O secretário informou que o plano será apreciado pela Comissão Intergestores Bipartite, composta pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e representantes dos municípios.

Além disso, o governador Renato Casagrande (PSB) se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), reforçando a necessidade de o Ministério da Saúde coordenar a aquisição e distribuição das vacinas. 

Caso essa coordenação não ocorra e haja insuficiência de vacinas, o Governo do Estado poderá lançar mão das relações bilaterais que está fazendo com os fabricantes de vacina, como aponta Nésio. Entretanto, ele acredita que o Governo Federal irá fazer aquisição total das vacinas disponíveis ao Brasil, inclusive as do Butantan. 
Até esta segunda-feira, segundo o Painel Covid-19, foram registrados 4.609 óbitos por Covid-19 no Espírito Santo e um total de 215.538 casos confirmados, sendo 38 mortes e 2.214 casos nas últimas 24h. A taxa de letalidade é de 2,1%. No mapa de risco que começou a vigorar nesta segunda-feira, seis municípios estão classificados como de alto risco: Mantenópolis, Ibiraçu, Ecoporanga e Marilândia, no norte do estado; Anchieta, no sul; e Domingos Martins, na região serrana, todos do interior.

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