De acordo com o manifesto, a unidade, referência para as vítimas de acidentes graves – como tragédias no trânsito e de violência urbana – foi desmontada paulatinamente diante de toda a sociedade sem que se desse conta, apesar dos alertas dos servidores.
Os servidores também apontam, no documento, que foram segregados por anos em um espaço insalubre, convivendo diariamente com corredores lotados, e em condições de trabalho e atendimento subumanas, com a presença constante de insetos e roedores.
No momento em que o governo entregou o novo São Lucas, a ideia dos servidores era que o governo entregaria o hospital de volta à sociedade, mas a administração foi entregue à organização social Pró-Saúde e o corpo funcional é inteiramente terceirizado.
Como se não bastasse entregar o novo São Lucas, agora chamado Hospital Estadual de Urgência e Emergência (Heue), para uma organização social, o governo anunciou que vai reformar o Hospital Infantil de Vitória e, enquanto acontece a reforma, vai abrigar a unidade na estrutura do HPM em que funcionou o São Lucas. O manifesto aponta que, assim como o São Lucas, o Infantil também deve ser entregue para gestão privatizada.
Os servidores do antigo São Lucas pedem que o governo honre a palavra e devolva para a sociedade e aos profissionais o prédio reformado e que não fuja à responsabilidade de administrar a unidade como um hospital estadual, em detrimento de entregar a organizações sociais.