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Sesa monitora passageiro que esteve em voo com infectado por variante indiana

Primeiro RT-PCR teve resultado negativo. ES recebe mais 152 mil doses esta semana, da AstraZeneca e Pfizer

Estão sob isolamento social e monitoramento pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), duas possíveis suspeitas de terem contraído a variante indiana do novo coronavírus (SARS-CoV-2 B.1.617). Tratam-se de um passageiro que viajou no mesmo avião da Qatar Airways que transportou uma pessoa positiva para a variante e do motorista que o levou para casa, ao chegar no Espírito Santo. Ambos estão sintomáticos.

As medidas foram tomadas pela Sesa a partir da notificação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao Estado nesse domingo (23).


O passageiro suspeito testou negativo no primeiro RT-PCR realizado na manhã dessa segunda-feira (24), a exemplo dos outros dois testes anteriores que ele já havia feito recentemente, um antes de embarcar para o Brasil e um depois.

Já o motorista teve amostra para teste coletada pela equipe de Vigilância em Saúde Municipal na manhã desta terça-feira (25), que a enviou para o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen) para análise.

Os dois farão mais dois RT-PCRs, que, segundo o protocolo para casos como esses, são de três testagens com intervalo de 48 horas.
A Sesa afirma que “monitora o trabalho das vigilâncias municipais e acompanha as análises dos exames e laudos laboratoriais para rastreio de variante por meio de vigilância genômica, feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”.
O secretário Nésio Fernandes ressaltou que, “independente da incorporação da variante indiana, o Estado e o país vivem sob ameaça de uma nova fase de aceleração da curva de casos mesmo com a circulação das cepas originárias que já circulam no país e no nosso Estado” e que “a incorporação da variante indiana no país incrementará uma ameaça maior à capacidade do Estado poder enfrentar e resistir de maneira adequada à pandemia”.
Por isso, salientou, as já conhecidas medidas capazes de proteger e impedir a transmissão do vírus devem ser cumpridas com muita disciplina: distanciamento, uso de máscaras, lavar das mãos e diante de qualquer sintoma, procurar um serviço de saúde para fazer a testagem de antígeno ou de RT-PCR e se apresentar positividade, investigar os outros contatos também.
Mais crianças contaminadas no Reino Unido
Em suas redes sociais, a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Ethel Maciel alertou que, entre as variantes sob investigação (VUI) e as variantes de preocupação (VOC) atualmente, a indiana “já é dominante no Reino Unido em menos de um mês de sua entrada e está acometendo mais crianças”. “Precisamos de mais vigilância genômica”, reivindicou.

Já sobre o impacto das vacinas, a cientista informou que, no Reino Unido, foi identificada eficácia na proteção contra as variantes inglesa (B117) e Indiana (B1617.2) após aplicação das duas doses da AstraZeneca ou Pfizer, mas que a proteção é pequena com apenas uma dose. “Mas nenhuma tem 100%, então temos que nos cuidar”, orientou.

Mais 152,6 mil doses
Também nesta terça-feira, o governador Renato Casagrande informou a expectativa de receber esta semana, do Ministério da Saúde, 152,6 mil doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 139,7 mil da AstraZeneca/Fiocruz e 12,8 mil da Pfizer. Com elas, “os municípios poderão ampliar a vacinação de professores e iniciar a de pessoas com comorbidades acima dos 18 anos”, apontou.

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