Cenário de redução seria possível com aumento da vacinação e do cumprimento dos protocolos pela população
O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, informou que o governo do Estado prevê dois cenários para o Espírito Santo nos próximos meses no que diz respeito às síndromes respiratórias gripais. Um é de crescimento de casos dessas síndromes nos meses de março e abril, incluindo a Covid-19. O outro cenário é o de queda. A informação foi divulgada em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (1), da qual também participou o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.
Nésio explica que o primeiro cenário é de aumento dos casos de síndrome respiratória gripal, inclusive de Covid-19, bem como de elevação de óbitos. Isso pode acontecer, de acordo com ele, por causa do não seguimento dos protocolos de segurança sanitária por parte das pessoas, como o uso de máscaras, e ausência de imunização ampla contra o novo Coronavírus. Esse cenário compreende as Semanas Epidemiológicas 8, 9 e 10, que correspondem ao período entre a última semana de fevereiro e a primeira quinzena de março, normalmente marcadas pela sazonalidade das síndromes respiratórias gripais, que são influenciadas, entre outros fatores, por questões ambientais, como o clima.
O secretário também anunciou que está prevista para esta semana a chegada de mais doses da vacina CoronaVac, do Instituto Butantan, mas não especificou a quantidade. Elas serão destinadas para idosos acima de 90 anos que não residem em residências de longa permanência. Parte delas também será aplicada em trabalhadores da saúde, para dar prosseguimento à imunização desses profissionais, que estão sendo vacinados na fase que está em curso. “A vacinação inicia na primeira quinzena de fevereiro. Atendimento em domicílio, hora agendada, serão determinados por cada município”, informa Nésio.
Reblin destacou que o Governo do Estado está buscando alternativas para complementar as doses vindas do Ministério da Saúde por meio do diálogo com fabricantes. De acordo com ele, havendo disponibilidade e reconhecimento das vacinas pelas agências reguladoras, elas serão adquiridas. Até o momento foram distribuídas 88.984 doses para 124.416 trabalhadores da saúde.
De acordo com uma Portaria Nº 016 – R, publicada nesta segunda-feira (1), profissionais da saúde poderão ter acesso ao local de trabalho somente se estiverem imunizados contra a Covis-19. “Estando imunizados se protegem, protegem os colegas de trabalho e os pacientes”, defende Nésio, que afirma que, ao contrair a doença o trabalhador tem que se afastar por 15 dias, dificultando o acesso de muitos ao Sistema Único de Saúde (SUS).