Com a terceirização irrestrita de hospitais estaduais, profissionais experientes e bem treinados têm sido substituídos por Organizações Sociais (OS), que são empresas privadas que contratam profissionais por valores abaixo do mercado e com pouca prática, aumentando a probabilidade de erros e a rotatividade nas unidades.
No Estado, já foram terceirizados os hospitais Central e Estadual de Urgência e Emergência (Heue), em Vitória; Infantil e Maternidade de Vila Velha (Himaba); e Jayme Santos Neves, na Serra.
Além dos hospitais já terceirizados, há a intenção de terceirizar a gestão do Hospital de São José do Calçado (HSJC), na região do Caparaó; o Hospital Silvio Avidos, em Colatina, na região noroeste; e o Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, no norte do Estado; além do Hospital Dra. Rita de Cássia (HDRC), em Barra de São Francisco (noroeste do Estado).
O Sindsaúde aponta que a tática do governo é precarizar o serviço das unidades a ponto de restar demonstrado que a terceirização é necessária. Com a terceirização, os servidores públicos ficam sem espaço para trabalhar e a OS passa a gerir os contratos, colocando profissionais inexperientes para atuarem em saúde pública.
No caso do Himaba, por exemplo, a entidade denunciou que a empresa que assumiu a unidade, Instituto de Gestão e Humanização (IGH), reduziu os servidores que já atuavam em terceirizadas. A medida acabou com o acolhimento e com a classificação de risco. Novos técnicos de enfermagem inexperientes no cuidado com crianças estão assumindo a assistência e acidentes têm ocorrido, como uma criança que caiu do leito.