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‘Situação da Covid em Dores do Rio Preto é alarmante’, afirma prefeito

Entre os 7 mil habitantes, há 254 casos ativos. Vacinação de adultos e testagem em massa foram interrompidas

Reprodução

“A situação da Covid-19 em Dores do Rio Preto é alarmante”. O aviso foi feito duas vezes seguidas pelo prefeito Cleudenir José de Carvalho Neto, o Ninho (Cidadania), em vídeos publicados nesta quarta e quinta-feira (2 e 3) nas redes sociais oficiais da prefeitura. 

Com apenas cerca de sete mil habitantes, o município da região do Caparaó capixaba, declarou o prefeito, está com 254 casos ativos e 80 servidores afastados, seja por Covid-19, seja por algum acidente. Como consequência, a testagem em massa foi interrompida e uma escola municipal não pôde abrir o ano letivo de 2022 nesta quinta-feira, como previsto. 

“Nós estávamos testando todos que chegavam nas unidades e na Secretaria de Saúde. Mas alguns dos profissionais pegaram Covid e nós não temos condições humanas de fazer a testagem em toda a população, como estávamos fazendo na semana passada. Estamos testando dentro dos pedidos dos médicos, das unidades básicas de saúde” explicou o gestor municipal. 

Sobre a vacinação, Ninho informou que a destinada ao público adulto está interrompida. “Nós não temos nenhuma dose em estoque. Nem Janssen, nem Pfizer, nem Coronavac, nem Astrazeneca, nenhuma. Paa atender primeira dose, segunda dose ou dose de reforço. Não temos nada em estoque”. 

Já a imunização pediátrica corre risco de ser suspensa também, pois o estoque da prefeitura tem apenas dez doses da Pfizer e 112 da Coronavac. “Por isso nós não vamos exigir cartão de vacinação das crianças para irem à escola. Não temos condições de vacinar, como vamos cobrar uma coisa que não temos condições de oferecer?”, expôs. 

“Mas vamos exigir sim, máscara, álcool em gel”, complementou, estendendo as recomendações, em seguida, para todos os munícipes, aos quais fez um apelo dramático em favor do isolamento em caso de infecção: “A situação da Covid em Dores do Rio Preto é alarmante! Previnam-se! Usem máscara, usem álcool em gel, se estiver positivo, fique em casa, tenham responsabilidade com você e para com o próximo. Muitas pessoas não estão tendo essa responsabilidade e depois joga a culpa no poder público, seja municipal, estadual ou federal”, desabafou. 

Quanto à escola fechada, o Centro Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (CMEIEF) Cristina Peixoto, no centro da cidade, a previsão é de iniciar o ano letivo somente em 14 de fevereiro. “De doze auxiliares de serviços gerais e cozinheiras que atendem aos filhos de vocês, dez estão de atestado, seja por Covid, seja por algum tipo de acidente. Coordenadora e professores também. No dia 14, quando os atestados começarem a diminuir, a gente vai ter funcionário para trabalhar”, informou. 

A situação atual, sublinhou o prefeito, representa “o momento que a gente falou que ia chegar: todo mundo estar positivo e a gente não ter como atender às demandas da saúde, da educação e até mesmo da limpeza urbana. Hoje o município de Dores tem mais de 80 atestados ativos, de diversas secretarias. Vai chegar uma hora que não vamos ter funcionário para atender na secretaria de saúde, de educação e nas demais”.

Quarta onda

O elevado número diário de casos novos de Covid-19 é uma realidade generalizada em todo o Estado, que tem batido recordes de testes positivos. A quarta onda da doença, agora alavancada pela variante Ômicron, já alcançou também o segundo e o terceiro indicadores de gravidade da pandemia, que são as internações hospitalares e os óbitos. 

Desde o dia 15 de janeiro, o Espírito Santo está em alerta vermelho em relação à ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), segundo análise da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já os óbitos têm atingido patamares não vistos há quase um semestre.

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