O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaúde) fará, nesta quarta-feira (24), o Acampamento da Dignidade, em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória. Os trabalhadores prometem não sair do local enquanto não foram recebidos pelo governador Renato Casagrande (PSB) e não tiverem resposta para suas reivindicações, que são a correção da tabela de subsídios e recomposição das perdas salariais.
Desde 2015, os trabalhadores da área não recebem nenhuma reposição salarial, o que já soma um acúmulo de perdas de mais de 50%. O sindicato luta também por correção no valor do vale-alimentação, que há mais de 10 anos está no valor de R$ 300,00. Em cinco de novembro, o sindicato fez uma manifestação em frente à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), também no Centro de Vitória.
Devido ao protesto, representantes do Sindsaúde foram recebidos pelo subsecretário de Administração e Desenvolvimento de Pessoas, Charles Dias de Almeida, que assumiu compromisso de apresentar proposta de correção. O assunto voltou a ser discutido na última quinta-feira (18), em reunião entre a entidade e o secretário Gestão e Recursos Humanos, Marcelo Calmon Dias.
A presidente do sindicato, Geiza Pinheiro, informa que o gestor falou que não há base técnica para incluir auxiliares administrativos e vigias na correção da tabela de subsídios. Entretanto, o Sindisaúde reivindica a inclusão dessas categorias, além da efetivação da correção para auxiliares de enfermagem, de serviços gerais, de serviços médicos e almoxarife, já que a gestão estadual falou que contemplaria esses cargos, mas ainda não fez isso.
A reivindicação, segundo Geiza, é que contemplando esses grupos, seja possível, ainda em 2021, fazer isso com outros cerca de 50 cargos. As negociações para a correção da tabela de subsídio começaram no primeiro mandato do governador Renato Casagrande, entretanto, pararam no do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), sendo retomadas em 2019, com a volta de Casagrande à gestão estadual.