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Trabalhadores do Hospital das Clínicas deflagram greve

Movimento é nacional e cobra reposição das perdas salariais, que ultrapassam 25% em três anos

Os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) deflagraram greve nesta quarta-feira (21). A Ebserh é uma empresa pública de direito privado que faz a gestão dos hospitais universitários no Brasil, entre eles, o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), o Hospital das Clínicas, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que conta com mais de 1,3 mil trabalhadores. A motivação para a greve foram as perdas salariais de mais de 25% em três anos.

Divulgação

A categoria decidiu entrar em greve na última sexta-feira (16). O Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Espírito Santo (Sindsep-ES) informa que, em todo o Brasil, a Ebserh tem mais de 38 mil funcionários, sendo a maior paralisação de sua históri. A database da categoria é em março, mas as discussões sobre a Convenção Coletiva, afirma o presidente do sindicato, Carlos Alberto Chácara Barbosa, não avançam, porque a Governo Bolsonaro (PL) insiste em não dar reajuste e ainda quer tirar direitos já conquistados.

“É preciso respeito aos trabalhadores da saúde. A decisão pela greve, último recurso e direito dos trabalhadores para atendimento de suas reivindicações legítimas, se tornou inevitável. Convivemos com o descaso da empresa com os serviços dos companheiros da saúde, essenciais para a sociedade, que se tornou ainda mais notório durante a pandemia da covid-19”, ressalta.

Carlos relata que, além de não querer dar reajuste salarial, o Governo Bolsonaro quer retirar cláusulas do Acordo Coletivo, como o direito de o trabalhador pagar plano de saúde para um dependente, mesmo que o funcionário da Ebserh não tenha aderido ao plano. Ele afirma que, muitas vezes, a pessoa não tem condição de pagar para ambos, por isso, prioriza o dependente. Outra cláusula que corre o risco de ser tirada da Convenção é a que garante licença para acompanhamento dos filhos ao médico.
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Carlos Chácara acredita que, caso não haja reajuste, as perdas salariais podem superar 30% em março de 2023, quando acontece a próxima data base, em virtude da alta inflação.

A greve também fortalece a mobilização dos trabalhadores da Enfermagem, que nesta quarta-feira, realizam uma paralisação nacional em defesa do piso da categoria.

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