No Estado, entre 2013 e 2016, cerca de 25 mil pessoas deixaram os planos de saúde e passaram a usar o Serviço Único de Saúde (SUS). No entanto, os investimentos não cresceram conforme a demanda aumentou. Os hospitais da rede estadual e os pronto-atendimentos e postos de saúde permanecem superlotados e carecendo de ampliação.
Na última semana, uma celeuma entre a prefeitura de Vila Velha e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) expôs a situação em que se encontram os hospitais de atendimento infantil na Grande Vitória.
Com a superlotação do Pronto-Atendimento (PA) da Glória, em Vila Velha, o secretário de Saúde do município, Jarbas Ribeiro de Assis tentava a transferência das crianças que precisavam de leitos de internação para o Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba) ou para o Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória.
Com as negativas de transferência, foi verificada a superlotação nos dois hospitais. No Hospital Infantil de Vitória, por exemplo, cadeiras estavam sendo usadas como leitos para crianças e recém-nascidos. Em Vila Velha, prefeitura e Estado discutem responsabilidades com o atendimento pediátrico.
Nesta quinta-feira (6) o Sindsaúde também denunciou que, no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Farias, também em Vila Velha, pacientes que estão saindo do pós-operatório estão sendo deixados nos corredores do pronto-socorro, correndo risco de infecção hospitalar por bactérias.
Na segunda-feira (3), 48 pacientes recebiam atendimento no corredor, sendo 15 em pós-operatório, o que eleva o risco de contraírem infecção hospitalar.
A Marcha pela Saúde terá concentração às 8 horas desta sexta-feira na Praça Getúlio Vargas, no Centro de Vitória, e seguirá em direção ao Palácio Anchieta.
