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Vacinação de crianças atingiu apenas 17% do público-alvo no Estado

Secretário de Saúde cobra adesão dos pais e responsáveis. Meta é vacinar 90% até o dia 15 de março

Tomaz Silva/Agência Brasil

Até esta sexta-feira (4), apenas 17% das 393 mil crianças com idade entre 5 e 11 anos, aptas a tomar vacinas contra a Covid-19 no Espírito Santo, receberam a primeira dose. Com estoque de doses da Coronavac e da Pfizer para vacinar todas as crianças da faixa etária, a Secretaria de Saúde cobra a adesão dos pais e responsáveis, já que, para alcançar a meta de imunização, o número de doses diárias aplicadas precisa aumentar.

Ao todo, 70,2 mil crianças receberam a primeira dose de algum imunizante contra o coronavírus. Em uma publicação nas redes sociais nesta sexta, o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, informou que a meta é vacinar 90% das crianças com primeira dose até o dia 15 de março. “As medidas para garantir a oferta estão sendo tomadas, precisamos da adesão de pais e responsáveis”, afirmou.

Para alcançar a meta no próximo mês, uma média de sete mil crianças precisa ser vacinada diariamente no Estado. De acordo com a Sesa, no momento, a média de aplicações é de cinco mil por dia. “Os municípios serão os responsáveis por desenvolver as estratégias (…) Outras estão sendo adotadas, como o mutirão realizado no último final de semana, e os municípios estão sendo orientados a ampliar o acesso das famílias à vacinação através de horários estendidos e atendimentos nos fins de semana nos serviços de vacinação.”, informou.

Em Vitória, os índices da cobertura vacinal estão um pouco melhores. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), das 31,3 mil crianças de 5 a 11 anos aptas a receber a vacina na Capital, 7,9 mil foram vacinadas, o que representa uma cobertura vacinal de 25%.

A expectativa é que o número aumente com a retomada das aulas. “O retorno das aulas representará a melhor oportunidade de vacinação rápida das nossas crianças/adolescentes e para manter atualizado o esquema vacinal dos nossos trabalhadores”, apontou Nésio.

Dados da vacinação em todo Brasil mostram que a adesão também está baixa a nível nacional. Uma reportagem do jornal Estadão levantou que apenas 10% do grupo de 5 a 11 anos recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no país. Com 20 dias de campanha, especialistas atribuem a lentidão à desinformação, que tem desencorajado pais e responsáveis, e à falta de doses enviadas pelo Ministério da Saúde para alguns estados.

Além da demora de um mês para efetivar o início da vacinação infantil no Brasil, a pasta tem apostado em campanhas ambíguas. Em uma delas, publicada há uma semana nas redes sociais, afirma apenas que a imunização “é uma decisão dos pais ou responsáveis e é necessária autorização”, sem elencar os benefícios da imunização, já comprovados cientificamente e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

20 dias de campanha

No Espírito Santo, a vacinação infantil contra a Covid-19 foi iniciada no dia 15 de janeiro, em uma cerimônia simbólica no Palácio Anchieta, em Vitória. Na ocasião, o secretário Estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que a expectativa era completar a imunização de crianças até a metade do ano.

“A vacinação das crianças deve seguir até o mês de junho para aplicação das duas doses. Queremos vacinar rapidamente todas as crianças para protegê-las o mais rápido possível desse vírus. A vacina traz proteção para as crianças e é um ato de responsabilidade dos pais para com seus filhos”, disse o secretário.

No Estado, a vacinação de crianças de 5 a 11 anos começou pelos públicos prioritários como as crianças com comorbidades; crianças indígenas e quilombolas; e crianças com deficiência permanente. No caso das crianças sem comorbidades, a vacinação estava aberta apenas entre aquelas com idade de 9 e 10 anos. Na última semana, o Governo do Estado decidiu ampliar para todas as faixas etárias de 5 a 11 anos.

A pasta enviou um ofício aos municípios capixabas recomendando que as gestões priorizassem a utilização da vacina Coronavac nas idades autorizadas, possibilitando o alcance de mais crianças, já que o estoque de doses pediátricas da Pfizer é reduzido. De acordo com o secretário Nésio Fernandes, a ampliação só foi possível porque o Estado dispõe de estoque de doses da Coronavac.

O Espírito Santo também não exige a prescrição médica para imunização desse público, porém, os indivíduos que se enquadram no grupo de comorbidade, devem apresentar laudo que comprove a sua situação específica no ato da imunização.

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