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Vacinação de pessoas sem comorbidades pode começar em junho

Início será possível com o restabelecimento da produção do Butantan e aprovação de mais vacinas no Brasil

O secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, afirmou em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (21), que há possibilidade de, em junho, começar a vacinação de pessoas sem comorbidades da faixa etária entre 55 e 59 anos e, depois, seguir em ordem decrescente. Isso será possível, como afirma, devido a fatores como o restabelecimento da produção do Instituto Butantan, em São Paulo, e a previsão da vacina indiana Covaxin no Brasil no próximo mês, quando também pode acontecer o registro da russa Sputnik.

O secretário informou que o restabelecimento da produção do Butantan será possibilitado pela chegada de insumos da China na próxima quarta-feira (26). “O atraso na segunda dose da Coronavac é responsabilidade da não sustentação da média de produção semanal do Instituto Butantan”, disse Nésio, afirmando que cerca de 50 mil pessoas aguardam disponibilização da vacina para seguir no processo de imunização.

Diante da possibilidade de iniciar a vacinação das pessoas sem comorbidades, os municípios, afirma Nésio, estão sendo orientados a ampliar os horários de atendimento para imunização, como nos finais de semana, uma vez que parte desse grupo é composto por trabalhadores na ativa. Quanto aos trabalhadores da saúde, Nésio acredita que a vacinação desse grupo alcançará sua plenitude nos próximos 15 dias.
Outra preparação organizada com as gestões municipais é para o armazenamento da vacina da Pfizer/BioNTech, para que todos os municípios possam recebê-la. Quanto à aquisição de imunizantes por parte do governo estadual, Nésio informou que as ofertas dos fabricantes com os quais foram abertos diálogos até então são somente para o último quadrimestre de 2021. Portanto, prosseguem as negociações em busca de imunizantes que possam ser adquiridos antes.
Além disso, na tarde desta sexta, o Governo do Estado irá se reunir com os fabricantes da vacina italiana Reithera para discutir a possibilidade de realização da fase três dos testes em voluntários do Espírito Santo. O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, reiterou a importância da vacinação. “Vacina é historicamente elemento de proteção à vida. A decisão de não tomar vacina não pode ganhar espaço entre nós”, ressalta.
Estabilização de casos
O secretário também apontou estabilização de casos de Covid-19 nas regiões sul, norte e central do Espírito Santo. No sul, esse cenário vem sendo apontado desde 20 de abril. Nas outras duas localidades, nos últimos 10 dias.

Nésio afirmou que, em reunião com os gestores de Saúde dos municípios, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) afirmou que “não irá tolerar artifícios de não cumprimento do prazo de 24 horas para alimentar o sistema de registro de notificações da atenção básica”.

O secretário salientou que esses dados devem estar disponibilizados para a sociedade e pesquisadores, e recordou que a notificação determina o Mapa de Risco, divulgado semanalmente, toda sexta-feira.

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