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‘A sociedade capixaba exige uma atitude de Renato Casagrande’

Após PM assassinar jovem em São Pedro, Conselho Estadual de Igualdade Racial cobra reunião com o governador

Diante do assassinato do jovem Welinton Dias Silva, de 24 anos, baleado pela Policia Militar (PM) na região da Grande São Pedro, em Vitória, na noite desse sábado (2), o Conselho Estadual de Igualdade Racial irá solicitar uma reunião com Renato Casagrande para tratar da questão da política de segurança pública. “A sociedade capixaba exige uma atitude do governador”, cobra a União de Negros e Negras pela Igualdade no Espírito Santo (Unegro/ES), que faz parte do Conselho, em suas redes sociais.

Um vídeo mostra o jovem parado na rua, quando chega um PM. Ao avistá-lo, o rapaz levanta os braços, mas mesmo sem demonstrar perigo algum, é baleado com dois tiros, à queima roupa. Posteriormente, aparece outro policial, quando o rapaz já estava caído no chão.

O representante da Unegro no Conselho Estadual de Igualdade Racial, Wellington Barros, recorda que quando a PM invadiu a casa do produtor cultural, escritor e ativista Stel Miranda, em setembro último, o colegiado pleiteou uma reunião com o então secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho.
Entretanto, o gestor se limitou a dizer que estava com dificuldade de agenda e questionou qual era o assunto a ser tratado. Após obter resposta de que era a política de segurança pública, não retornou o contato. Com o assassinato ocorrido no último sábado, o conselho quer conversar não somente com o governador, mas também com o atual secretário, coronel Márcio Celante Weolffel.
Recém- nomeado na pasta, Celante se pronunciou sobre o caso dizendo que foi determinado ao Comandante Geral da PM a instauração de inquérito para investigar o homicídio, além do recolhimento das armas dos PMs envolvidos, apuração e afastamento cautelar dos policias das atividades operacionais. A conclusão da investigação será em 60 dias, informou.
Para a Unegro, não se pode aceitar “que um representante do Estado julgue, condene e execute qualquer pessoa. É inconstitucional, não têm respaldo do Código Penal, afinal, a pena de morte não faz parte do mesmo”.

Wellington destaca que a política de segurança pública adotada pelo governo do Estado é “sem respeito aos direitos humanos”, “uma política de morte”, além de promover a “criminalização da pobreza, pois isso não acontece em áreas nobres”. Ele também defende a desmilitarização da PM, que de acordo com ele, “é treinada para a guerra, para ver o outro como inimigo”.

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