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Academia de Polícia do Estado não contratou nenhum novo treinamento em 2015

Desde que assumiu o governo do Estado pela terceira vez, o governador Paulo Hartung (PMDB) tem mostrado que a atual gestão repete os erros dos mandatos anteriores (2003-2010), principalmente na área de segurança pública. Os cortes vão desde combustíveis e telefones até treinamentos de forças policiais.

O ex-governador Renato Casagrande (PSB), na sua página do Facebook, aponta que a Academia de Polícia do Estado (Acadepol) não fez os pagamentos aos profissionais contratados – mesmo com despesas dos cursos realizados empenhadas em 2014 – e não contratou novos treinamentos durante todo o ano de 2015.

Casagrande ressalta que, durante seu governo (2011-2014), a Acadepol ministrou cursos de formação e reciclagem para mais de 2.400 servidores entre delegados, investigadores, agentes de polícia, escrivães e peritos, contra 1.799 treinamentos realizados nos oito anos (2003 – 2010) do governo Hartung. “Só por picuinha e vaidade, estão comprometendo um trabalho fundamental para a qualidade e eficiência da polícia, enquanto repetem a promessa marqueteira de uma tal ‘Ocupação Social’ que ninguém vê”, diz a postagem.

A falta de treinamento na Acadepol tem prejudicado também aprovados em concursos fora da Polícia Civil. Os candidatos aprovados no concurso de 2014 da Guarda Municipal de Vila Velha aguardam há mais de um ano pela realização do curso na Acadepol.

Somente em 2015, a realização do curso foi adiada cinco vezes. Os candidatos aprovados acharam que o edital iria ser cumprido, mas a data de convocação para o curso de formação foi modificada do dia 7 de abril de 2015 para 2 de junho do mesmo ano, depois para 16 de julho, 30 de novembro e 16 de dezembro, sem nunca ser realizado.

Cortes

Não foi somente o ex-governador que apontou que os cortes estão prejudicando o investimento em segurança pública. O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindepes) salientou, em nota, que os policiais civis do Estado (delegados, agentes, investigadores, peritos e demais servidores), mesmo com as dificuldades resultantes da falta de investimentos, têm conseguido dar alguma resposta à sociedade em crimes que chocam a opinião pública.

A nota ressalta que as categorias policiais padecem com a falta de investimentos na instituição; falta reajuste ou recomposição salarial há mais de um ano; cortes de recursos financeiros promovidos pelo; falta de diária para viagem; ausência de sintonia com a Chefia de Polícia Civil, que parece menosprezar o trabalho das equipes; dentre outros problemas. 

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