O desfile cívico-militar de 23 de maio, Dia da Colonização do Solo Espírito-Santense, voltou para a “casa”. Realizado na Prainha, em Vila Velha, a comemoração ao aniversário do município, que completou 482 anos nesta terça-feira, atraiu a população para a região, que é considerada o berço do Estado, onde desembarcou a caravela Glória, que trazia o donatário da Capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, em 1535.
Por anos o desfile foi realizado nas ruas do Centro do município, mas a decisão de retornar com a comemoração para a Prainha teve o objetivo de resgatar o simbolismo da região.
Na abertura do desfile, o prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB) lembrou que a administração levou a festa para a Prainha porque queria que o governo do Estado estivesse presente para formar uma parceria com a prefeitura e com a população para elaborar o termo de referência de um projeto que venha a revitalizar a região.
O prefeito também fez uma reflexão dos quatro primeiros meses de mandato, depois de retornar à prefeitura pela terceira vez. Ele lembrou que o momento é difícil na conjuntura nacional e o município enfrentou queda na arrecadação nominal nos quatro primeiros meses deste ano. “Esse é um desafio, governar em tempos de crise, de ventos contrários”.
O primeiro desafio enfrentado foi a paralisação do policiamento ostensivo em fevereiro deste ano, em consequência do protesto de familiares dos policiais militares que impediam a saídas dos militares dos batalhões. “Mas, naquele momento, o município respondeu à altura, colocando a Guarda Municipal para fazer aquilo que se espera dela e até muito mais”, disse ele.
Em seguida veio a corrida pela vacina contra a febre amarela, em março deste ano, e, neste tempo Vila Velha tinha meta de vacinar, ao longo dos 31 dias daquele mês, 60% da população, ou seja, mais de 300 mil pessoas. Essa meta foi cumprida em 15 dias. Além disso, Vila Velha foi pioneira na vacinação aos sábados, na vacinação em grandes empresas, única na vacinação em dia de domingo e noturna nas segundas-feiras na Praça Duque de Caxias.
O terceiro desafio enfrentado foi o fim do contrato de limpeza pública, também no mês de março, que é o serviço mais caro contratado pela prefeitura. A prefeitura fez uma consulta nacional de preços e conseguiu firmar contrato de serviço de limpeza pública e coleta de lixo com maior quantidade de serviços e com preço inferior ao que vinha sendo praticado.
“Nesse momento de incertezas em nível nacional vamos continuar sendo firmes, fazendo nossa parte na luta por dias melhores. O ensinamento de São Francisco de Assis diz que nós devemos começar fazendo o necessário, em pouco tempo estaríamos fazendo o possível e, sem perceber, realizaríamos o impossível. A prefeitura inicia os quatro anos de gestão fazendo o que é necessário para melhorar a qualidade de vida da nossa gente”, concluiu o prefeito.
Depois da fala do prefeito, teve início o desfile que coloriu as ruas da Prainha, aberto pelo ex-combatente do Batalhão de Suez, formado por 20 homens do Exército brasileiro enviado ao Oriente Médio como parte das Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito existente entre o Estado de Israel, o Egito, e seus vizinhos árabes a partir de 1956.
A parada seguiu com desfiles do Exército, Marinha, Polícia Militar, Civil, inspetores penitenciários, Guarda Municipal, culminando com os desfiles das escolas municipais, que levaram os usos e costumes dos canelas-verdes para as comemorações de 23 de maio.