Com esse número, a taxa projetada de mortes violentas fica em 35,4 por grupo de 100 mil habitantes, o que representa queda de pouco mais de 9% em relação ao ano de 2014, que registrou 39 mortes por 100 mil.
Além disso, a taxa de 35,4 por 100 mil ainda é mais de três vezes mais do que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável, que é uma taxa de 10 por 100 mil.
O atual governo Paulo Hartung (PMDB) tenta emplacar o discurso de que o resultado positivo é alcançado com base nas ações que esta gestão vem tomando. No entanto, os investimentos em segurança pública começaram a ser feitos no início do governo de Renato Casagrande (PSB), ainda em 2011, quando foram reaparelhadas as polícias Civil e Militar.
O segundo mandato de Paulo Hartung terminou em 2010 com as polícias sucateadas, sem recursos humanos e materiais. Os dois primeiros mandatos de Hartung – entre 2003 e 2010 – significaram o abandono da Segurança Pública no Estado, com sucateamento das polícias, falta de concursos públicos e de aparelhamento das forças de segurança. Isso culminou em um pico atípico de homicídios em 2009, quando o Estado atingiu 57,2 mortes por 100 mil.
As medidas de combate à violência letal só começaram a ser efetivadas por Casagrande, que se comprometeu a cuidar pessoalmente da área. Iniciativas como o programa Estado Presente só foram implementadas porque o ex-governador priorizou os investimentos, como o aumento dos efetivos das policias, investimento em infraestrutura e o Estado Presente. Além disso, foi em 2011, também durante o governo Casagrande, que o Estado passou a ter um Plano de Segurança Pública, assim como o Plano de Redução e Prevenção de Homicídios.