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Cadela batizada de ???Sustenta??? motiva abertura de Inquérito Policial Militar

Um Inquérito Policial Militar (IPM) aberto pelo corregedor da Polícia Militar, Reinaldo Brezinski Nunes, para apuração do coronel Ilton Borges, está sendo visto como excessivo pela Associação dos Cabos e Soldados do Estado (ACS-PMBM-ES). O procedimento foi aberto para apurar uma matéria veiculada no site da entidade, que continha a foto de um policial militar ao lado de uma cadela que recebeu o nome de “Sustenta” e foi adotada pelos militares da 13ª Companhia Independente, localizada em Terra Vermelha, Vila Velha.

Por mais absurdo que pareça, o procedimento deve prosseguir pelo fato de “Sustenta” ter sido o termo usado por familiares de policiais militares que, durante o mês de fevereiro protestaram em frente aos batalhões e impediram que o policiamento ostensivo fosse para as ruas por 22 dias.

A ACS considera a instauração do IPM um constrangimento ilegal. Segundo o advogado da entidade, Tadeu Fraga de Andrade, não há sequer justa causa para a instauração do inquérito. “Impetraremos um habeas corpus para ‘trancar’ o IPM”, disse ele, acrescentando que o procedimento é um gasto desnecessário de dinheiro público.

O advogado disse, ainda, que “o problema dessa situação é que uma simples campanha de solidariedade ao animal foi transformada num ponto de crise, intensificando o assunto, como que para justificar o estado de prontidão e alerta que alimenta a estrutura punitiva na qual o coronel Ilton Borges está inserido e tratado como expoente, embora devesse estar na inatividade”, referindo-se ao fato de o coronel – que já foi corregedor da PM – ter ido para a reserva e ter sido chamado para retornar.

Ele acrescenta que esse tipo de incidente impede que a PM vire a página de fevereiro de 2017 e siga em frente, tratando apenas dos reflexos da crise. “Porém, alimentar essa narrativa paranoica de ‘risco iminente’ não colabora com a ‘reestruturação’, já que ressuscita velhas práticas espúrias da Corregedoria, muitas delas implantadas pela incúria desse oficial que ficou à frente da Corregedoria por anos a fio”, conclui o advogado.

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