Prédio será em frente à Prefeitura de Cariacica, no Trevo de Alto Lage, e terá 8 mil metros quadrados
Durante o lançamento do edital para construção do prédio do Centro Integrado da Perícia Técnica e Científica (CIPTC), na manhã desta sexta-feira (15), no Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande (PSB) anunciou que as obras irão começar no início de 2024, mas sem precisão do mês específico. A construção será em frente à Prefeitura de Cariacica, no trevo de Alto Lage, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), totalizando R$ 89 milhões.
O novo Centro terá uma área total de cerca de 8 mil metros quadrados e vai abrigar os departamentos de Laboratório Forense (DLF); Médico Legal (DML); de Criminalística (DEC); de Identificação (DEI); e a Central de Custódia; os gabinetes e a área administrativa.
Casagrande afirmou que o equipamento possibilitará a “redução da impunidade”. O governador fez um breve histórico da mobilização pela construção. Lembrou que o prédio seria construído no terreno da Guarda Municipal de Vitória, em Goiabeiras. Sem esclarecer o motivo, disse apenas que “não deu certo” e que o prefeito Euclério Sampaio (União) disponibilizou o terreno em Cariacica, sendo necessário refazer o projeto, readequando para a nova área. No entanto, o Centro não foi construído na Capital, porque em setembro de 2021, o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) decidiu não mais ceder o terreno na avenida para isso, apesar de ter assinado o contrato para elaboração do projeto.
O superintendente de Polícia Técnico Científica, Carlos Alberto Dal-Cin, agradeceu a diversas autoridades e a mobilização dos peritos, que compareceram em massa à solenidade. “Os peritos abraçaram a causa, acreditaram na autonomia da Perícia, no projeto da Polícia Científica”, destacou.
O Sindicato dos Peritos Oficiais do Espírito Santo (Sindiperitos) comemora o lançamento do edital. “Um prédio desse, moderno, voltado para o funcionamento da Perícia, construído para ela, com participação dos peritos, acompanha o que há de melhor em âmbito nacional e até fora do país”, afirma o presidente da entidade, Tadeu Nicoletti.
Ele destaca a importância do investimento na Perícia para se ter um Estado no qual “a prova é o mote das acusações”, e não um Estado “inquisitorial”. “Para colocar alguém sob acusação do Estado, é preciso um aparato técnico que produza essa prova para dar certeza às acusações”, aponta.