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Depois de três anos, inquérito que apura morte do professor Valdenir Belinelo é relatado

O assassinato do professor da Universidade Federal do Estado (Ufes) e diretor do Hospital Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, no norte do Estado, Valdenir José Belinelo, completa quatro anos em março de 2016 e ainda permanece sem respostas. Depois de ficar por três anos sob investigação da Polícia Civil, o inquérito foi relatado ao Ministério Público do Estado (MPES), mas não se sabe qual foi a linha de investigação utilizada pela polícia nem a motivação do crime.

O processo foi recebido pela 1ª Vara Criminal de Linhares (norte do Estado), em janeiro deste ano e, em fevereiro, foi decretado o segredo de Justiça.  

Belinelo foi morto a facadas na localidade de Rio Quartel, em Linhares quando retornava de Vitória, onde tinha participado de uma reunião, para São Mateus. Na ocasião, o delegado que presidia o inquérito, Fabrício Lucindo Lima – então titular da Delegacia de Crimes contra a Vida de Linhares – disse que trabalhava com duas linhas de investigação (crime passional e crime de mando), mas depois disso não forneceu qualquer informação sobre o inquérito ou o andamento.

O inquérito só foi relatado depois que o delegado foi transferido para a delegacia de Sooretama, também no norte do Estado, e substituído por André Jaretta Ardison, que era titular da delegacia de Mantenópolis, no noroeste do Estado.

O superintendente de Polícia do Interior na época, o delegado Danilo Bahiense (de quem Lucindo é próximo), declarou à imprensa ainda no início das investigações que as imagens captadas durante todo o trajeto do professor desde o Shopping Vitória, onde ele fez um lanche, até o restaurante Pamonharia da Roça, em Aracruz (norte do Estado), onde ele fez uma parada, seriam importantes para saber se a vítima estava só, se estava acompanhada, ou se havia sido seguida por alguém. O delegado também disse que Belinelo estava recebendo ameaças em São Mateus por haver descoberto uma fraude na área de saúde. Bahiense salientou, no entanto, que nenhuma linha de investigação estava descartada.

As informações que correm em São Mateus dão conta que esses contratos pertenciam ao deputado estadual Eustáquio de Freitas (PSB), que é ligado ao setor farmacêutico, e que Belinelo, ao assumir a direção do hospital, teria posto fim à interferência de Freitas na instituição. As indicações dos diretores do Roberto Silvares, antes de Belinelo, sempre passaram pelo crivo do deputado. Freitas teria solicitado à atual diretora do Hospital Roberto Silvares declaração que ateste que ele nunca negociou com o estabelecimento.

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