O parlamentar, que é vice-presidente da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, lembra que, apesar de a Portaria 587-R determinar o uso do colete fora das dependências do quartel, inclusive ao fazer o trajeto de casa para o trabalho e vice-versa, não há equipamento para todos os militares, já que eles têm de entregar os coletes quando não estão trabalhando.
Na última quinta-feira (8), um sargento foi preso no Quartel do Comando Geral da Polícia, em Maruípe, Vitória, por não devolver o colete balístico que estava sob cautela permanente do policial. O sargento continua preso e os comandantes do batalhão foram denunciados por abuso de poder ao Ministério Público Estadual (MPES) e à Corregedoria da PM pela Comissão de Segurança da Assembleia.
A falta de coletes tem provocado o “revezamento” dos equipamentos em diversos batalhões do Estado. Em junho deste ano, no 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Barra de São Francisco, no noroeste do Estado, o Comando da unidade determinou que os militares lotados naquele batalhão devolvessem as placas dos coletes balísticos, ficando apenas com a capa de colete pessoal e, na assunção do serviço, voltassem a pegar o equipamento.
A medida se justificou pelo fato de haver diversos coletes balísticos vencidos na unidade; de não haver coletes disponíveis para fazer a troca; de haver a necessidade de utilizar os coletes que estavam na validade, sob a cautela de alguns policiais; e que todo o efetivo estivesse desempenhando a função com o equipamento em acordo com a exigências legais.