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Deputado questiona governo sobre aumento da violência

O deputado estadual Josias Da Vitória (PDT) repercutiu, na sessão ordinária da Assembleia Legislativa da manhã desta quarta-feira (6), o aumento dos índices de homicídios no Estado. O número de mortes violentas registradas até o dia 30 de novembro: 1.296, já supera o total de homicídios de 2016, que ficou em 1.181.
 
O deputado ponderou que, embora o mês de fevereiro – quando houve a paralisação do policiamento ostensivo – tenha registrado o dobro de mortes em relação ao mesmo período do ano anterior, os índices continuaram crescendo ao longo do ano.
 
Em 10 dos 11 meses de 2017 houve mais mortes do que em 2016. Mesmo em janeiro, antes da paralisação, houve 97 mortes, sendo que em 2016 foram assassinadas 94 pessoas.
 
O parlamentar lembrou que a culpa pelo aumento nos índices de violência que tentam atribuir aos membros da Polícia Militar, da Polícia Civil e à economia é, na verdade, do governo do Estado, que não dialoga com as categorias e não cumpre compromissos assumidos. Ele também disse que o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, provoca ainda mais conflitos. “Só aqui no Espírito Santo acreditam que alguém que só sabe incendiar e não sabe dialogar vai reduzir os índices de criminalidade”, disparou.
 
Da Vitória também ressaltou que foi o governo que não dialogou com as categorias do funcionalismo público, que não consegue reposição inflacionária na remuneração. “Quem esticou a corda no limite da prudência, sem pensar naquele que espera do Estado ter uma paz social e poder conviver bem nas ruas foi o governo do Espírito Santo, liderado pelo governador, pelo secretário de segurança e pelos seus assessores, que querem vender um modelo de segurança pública dando palestras para fora do Estado”. O deputado acrescentou que se outros estados conhecerem a realidade do Espírito Santo, principalmente os dados estatísticos, confirmaram que o Estado não pode ser referência para ninguém em matéria de segurança pública.
 
Ele também apontou para o fato de a política de austeridade do atual governo ter atingido também a segurança pública. O deputado lembrou que, enquanto o governo prevê investimento de R$ 40 milhões em publicidade em 2018, a gasolina das viaturas precisa ser economizada, faltam coletes balísticos para policiais, não se contratam delegados para que delegacias, principalmente do interior, possam ter plantão 24 horas e faltam materiais de trabalho para as forças de segurança pública de maneira geral.
 
“Quem envia projeto para a Assembleia e acaba com direitos adquiridos da Polícia Militar para promoção e ascensão profissional? Como um policial militar vai ter motivação e entusiasmo para trabalhar reduzir os índices de criminalidade?”, disse o deputado. Ele destacou que os PMs enfrentam barreiras na segurança pública para cumprir ocorrência, exemplificando o fato de policiais terem de sair de Ecoporanga, no noroeste do Estado, para conduzir detidos para Aracruz, na região norte, por falta de delegado. Ainda deu como exemplo o sofrimento de familiares de vítimas de acidentes ou homicídios que precisam recorrer a vereadores ou deputados quando não há Serviço Médico Legal em funcionamento nos municípios para a confecção de laudos e liberação de corpos.

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