Os deputados decidiram, ainda, realizar uma visita técnica a essas penitenciárias para verificar de perto a situação dos detentos. “Essa comissão tem a prerrogativa de fiscalizar todos os órgãos da segurança pública e não pode ser impedida”, disse o presidente do colegiado, deputado Gilsinho Lopes (PR). “Se as denúncias forem verdadeiras, vamos tomar as providências”, completou Euclério.
Situação dos policiais
Durante a reunião, os deputados cederam a palavra ao vice-presidente da Associação dos Escrivães do Espírito Santo, Clóvis Guioto. O representante da Polícia Civil utilizou a tribuna para pedir a interlocução junto ao Governo do Estado para equiparação de direito quanto à contagem de tempo de serviço na segurança pública.
Segundo Guioto, os policiais e bombeiros militares, quando passam de uma corporação para outra, podem contar o tempo de serviço no órgão anterior para fins de enquadramento na carreira. “Apenas nós policiais civis ficamos de fora. O governo já prometeu isso há muito tempo. Já há estudo de impacto financeiro, que é mínimo”, disse Guioto.
Gilsinho Lopes informou que agendará uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior, para tratar do tema.
Os deputados Euclério Sampaio e Da Vitória aproveitaram para falar sobre o desânimo dos servidores da segurança pública com a carreira. “Só esse ano já saíram da PM mais de 500 membros. Mas sabe quantos entraram? Nenhum. Aquele que não sai pela aposentadoria, está saindo porque perdeu o estímulo, o entusiasmo. Para que ficar mais, se não tem diálogo, não tem respeito?”, comentou Da Vitória.
Botão do pânico
No encontro, os parlamentares aprovaram ainda o mérito do Projeto de Lei 14/2017, de iniciativa de Euclério. O projeto dispõe sobre a instalação de botão do pânico nos ônibus do sistema Transcol, para alertar sobre assaltos nos coletivos. A matéria ainda passará pela análise das comissões de Infraestrutura e Mobilidade Urbana e de Finanças, antes de ir à Plenário para votação.