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Diagnóstico aponta que a maioria da população carcerária do Estado é negra, jovem e tem baixa escolaridade

O Tribunal de Justiça do Estado (TJES) apresentou nesta quarta-feira (28) o Diagnóstico do Sistema Prisional como parte para a implementação do  programa Cidadania nos Presídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que começa a ser implantado no Estado. O diagnóstico comprova que a maioria da população carcerária do Estado é negra, jovem e tem baixa escolaridade. 
 
De acordo com o relatório, o Estado tem 18.371 internos, o que representa taxa de 468 pessoas presas por grupo de 100 mil habitantes. O número coloca o Espírito Santo em oitavo lugar proporcionalmente entre os estados com a maior população de encarcerada. 
 
Na Grande Vitória são 11.844 presos, enquanto no interior do Estado são 6.527 internos. Assim, diante das 13.784 vagas no sistema prisional, a taxa de ocupação dos presídios capixabas está em 135,7%. 
 
Segundo o diagnóstico, o sistema prisional é composto por 77,4% de negros (somatório daqueles que autodeclaram cor da pele preta ou parda). 
 
Já a faixa etária predominante compreende os jovens – segundo o Estatuto da Juventude são considerados jovens aqueles com faixa etária entre 15 e 29 anos. Dos 18.371 internos do sistema prisional, 10.489 são jovens com idades entre 18 e 29 anos, o que representa 57% de toda a população carcerária do Estado. 
 
Além disso, a maioria dos internos tem ensino fundamental incompleto, representando 43,2% da população carcerária do Estado. 
 
O excesso de tempo que os internos ficam em regime provisório também é mostrado no relatório. Do total de presos em 30 de setembro, 5.165 estavam em regime provisório há mais de 90 dias. 
 
Comparando os dados do diagnóstico com o do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançado no início do mês, é possível perceber que a população carcerária aumentou. 
 
O Anuário tem dados até 2014 e mostrou que o Estado tinha 16.234 internos, sendo que o diagnóstico traz 18.371 internos, ou seja, um aumento de 2.137 internos em menos de um ano, já que o estudo do TJES tem como base o mês de setembro de 2015.

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