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Encontro de ossada em Viana não alivia o sofrimento de familiares de Thayná

Nesta sexta-feira (10) foi feita uma operação no entorno de uma lagoa, em Viana, em atendimento a uma informação que a Polícia Civil recebeu de que a área era usada pelo acusado do rapto de Thayná Andressa de Jesus, Ademir Lucio Ferreira Araújo, para cometer crimes. Embora tenha sido decretado sigilo nas investigações, a operação foi acompanhada de perto pela imprensa, que transmitiu, quase em tempo real, a descoberta de uma ossada compatível com uma criança do sexo feminino na lagoa.

O episódio – que foi espetacularizado, apesar do suposto sigilo das investigações – deve prolongar ainda mais o sofrimento da mãe de Thayná, Clemilda de Jesus, que busca desde o desaparecimento da menina de 12 anos, em 17 de outubro, informações sobre o paradeiro da filha.

A ossada encontrada no local da operação foi enviada para perícia para exames de DNA, já que a polícia já tem o material biológico de Thayná, mas a previsão é que o resultado saia em 30 dias.

As investigações sobre o desaparecimento de Thayná só produziram algum resultado depois que a mãe da menina, em um esforço incansável por respostas, fez dois protestos na BR-101, na altura de Viana, onde ela desapareceu, e da comoção popular que o caso gerou.

Foi a mãe de Thayná que conseguiu as imagens de videomonitoramento – peça-chave para a identificação do suspeito do rapto – que mostram a menina entrando no veículo conduzido pelo acusado e, somente nesta terça-feira (7), 22 dias depois do desaparecimento, o carro foi localizado e apreendido em Guarapari.

Entre o dia do desaparecimento de Thayná e o da divulgação do vídeo, em 28 de outubro, o acusado conseguiu ficar incógnito na região e ainda vender o carro usado no rapto, de propriedade da namorada, a um queijeiro também morador de Viana. Isso mostra que não havia sequer suspeita sobre ele e que não havia qualquer progresso nas investigações, 11 dias depois do rapto.

Na última segunda-feira (6), Clemilda, apoiada pela Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência (Amafavv), fez um protesto em frente ao Palácio Anchieta, sede do governo do Estado, em busca de respostas e diante da falta de informações sobre as investigações.

Dois mandados de prisão contra Ademir foram expedidos e Ademir é considerado foragido. Além do rapto de Thayná, ele é acusado de estuprar uma criança de 11 anos dois dias antes do desaparecimento da menina em Viana.

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