O quadro efetivo de delegados, escrivães, agentes e investigadores de Polícia Civil do Estado está extremamente defasado e, por conta da iminente aposentadoria de centenas de profissionais de todos os cargos, é grande a possibilidade de que as unidades de Polícia Civil do Estado entrem em colapso nos próximos meses.
Na coletiva de balanço do primeiro ano do governo, o governador Paulo Hartung (PMDB) ressaltou os avanços na área de segurança pública, com a redução de homicídios – reflexo do governo anterior, de Renato Casagrande (PSB). No entanto, o baixo efetivo das polícias pode colocar a perder a quase consolidada redução nas mortes violentas.
Sem contar que o número reduzido de delegados pode prejudicar as investigações e, consequentemente, a elucidação de crimes violentos.
Um estudo realizado pela comissão de aprovados para o cargo de delegado constatou que se o atual governo realizar a nomeação de todos os aprovados que ainda aguardam o ato, de um total de 107 candidatos, 37 deles já foram aprovados em outros concursos e estão na iminência de serem nomeados, situação na qual optariam pelo outro cargo, deixando o de delegado.
Atualmente, há cerca de 40 cargos vagos de delegado no quadro operacional da Polícia Civil, ou seja, na atualidade mais 40 delegados já deveriam estar na ativa.
Além disso, há 48 delegados gozando de abono de permanência, que já preenchem todos os requisitos para se aposentarem a qualquer momento e outros 16 que já têm condições de pedir aposentadoria, mas ainda não tiveram o abono de permanência deferido ou optaram por não solocitá-lo.