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Após o fracasso das negociações conduzidas pelo governo do Estado para pôr fim à crise na segurança pública do Espírito Santo, a estratégia da pressão combinada a uma ideia copiada do governo do Rio de Janeiro apresentaram os primeiros resultados no final da tarde deste sábado (11).
 
O Comando-Geral da PM fez uma convocação fora dos quartéis para evitar o bloqueio que os familiares do policiais fazem desde o último sábado (4) no acesso aos batalhões. O plano surtiu efeito. O comandante da PM, Nylton Rodrigues, determinou que os policiais (praças e soldados) se apresentassem em oito pontos diferentes da Grande Vitória às 16 horas deste sábado. 
 
Segundo a Secretária de Segurança Pública, cerca de 600 policiais atenderam à convocação. No final da tarde deste sábado policiais fazendo patrulhamento a pé eram vistos em ruas de Vitória e Vila Velha. Segundo a Sesp, o patrulhamento também está sendo restabelecido em Serra, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado. E a expectativa é de que neste domingo (12) outros policiais se apresentem na nova convocação marcado para as 8h
 
Mas a estratégia mais inusitada foi adotada no início da noite deste sábado. Copiando a estratégia que está sendo usado pela Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, que também enfrenta um movimento de aquartelamento semelhante ao do Espírito Santo, o gabinete de crise do governo capixaba fez o mesmo. Com a ajuda de helicópteros da própria PM e do Exército, policiais foram retirados do quartéis bloqueados pelos familiares. 
 
A estratégia de convocação externa, para evitar os batalhões, já havia ocorrido no início da semana. Logo que o comandante Nylton Rodrigues assumiu o comando da Corporação. Ele ordenou que os policiais se apresentasse na praça do Papa, mas na ocasião, no auge do movimento, ninguém apareceu.
 
O desgaste de oito dias de greve; a pressão do governo do Estado, que iniciou uma verdadeira “caça às bruxas”, ameaçando punir criminalmente mais de 700 policiais; além das presenças de ministros e do procurador-geral no Estado, acabaram desmobilizando o movimento. 
 
“Movimento continua”
 
Apesar do retorno de parte dos policiais às ruas, os familiares dos militares afirmam que o movimento continua. Alguns integrantes do movimento admitem o retorno de parte do efetivo, mas afirmam que não vão “arredar o pé das portas dos batalhões. Não há previsão para abandonarmos o movimento”, garante um familiar.

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