O Espírito Santo responde pelo 13º lugar no ranking de casos de racismo no Brasil no ano de 2023, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública nesta quinta-feira (18). A taxa é de 3,6, correspondente a cada grupo de 100 mil habitantes. Em números absolutos, foram 137 casos. Os casos de injúria racial não foram disponibilizados, por isso não constam no levantamento.
Os estados que estão à frente do Espírito Santo são Rio Grande do Sul (26,3), Paraná (14), Sergipe (13,2), Goiás (8,1), Rio Grande do Norte (6,2), Acre (5,9), Rondônia (5,6), Rio de Janeiro (5,5), São Paulo (5,2), Amapá (4,6), Santa Catarina (4,5), Bahia (3,9) e Ceará (3,9). Comparado a 2022, o Espírito Santo caiu seis colocações no ranking, pois nesse ano, sua posição era de 6º lugar, com uma taxa de 3,1 a cada 100 mil habitantes, o que em números absolutos corresponde a 120 casos.
As unidades federativas que estavam à frente do Espírito Santo em 2022 eram Rio Grande do Sul (23,2), Rondônia (5,8), Sergipe (5,3), Amapá (4,5) e Acre (3,4). Ao comparar tanto a taxa a cada 100 mil habitantes quanto os números absolutos nos dois últimos anos, é perceptível que, apesar de o Espírito Santo ter saído da 6ª posição para a 13ª de 2022 para 2023, os casos de racismo no Estado não diminuíram nem estabilizaram, muito pelo contrário, aumentaram.
O que fez o Espírito Santo descer de posição foi o aumento brusco de casos de racismo em outros estados, que estavam com índices abaixo dos registrados no Espírito Santo em 2022. O maior deles foi o Paraná, que saltou de 220 casos em 2022 para 1,6 mil no ano seguinte, fazendo com que a taxa a cada 100 mil habitantes se elevasse de 1,9 para 14. Em seguida, vem Goiás, cujos casos de racismo saíram de 186 para 569, sendo as taxas, respectivamente, 2,6 e 8,1.
O Rio Grande do Norte saltou de 46 casos para 205, elevando a taxa a cada 100 mil habitantes de 1,4 para 6,2. O Rio de Janeiro registrou 322 casos em 2022, com taxa de 2. No ano seguinte, foram 890 casos e taxa de 5,5 a cada 100 mil habitantes. No Ceará, os números absolutos subiram de 170 para 347, fazendo com que a taxa aumentasse exatos 2 pontos, saindo de 1,9 para 3,9. Em Santa Catarina, os registros de racismo foram 229 em 2022 e 342 em 2023. A taxa subiu de 3 para 4,5. Por fim, a Bahia informou no Anuário a ocorrência de 361 casos em 2022 e 552 no ano posterior. A taxa a cada 100 mil, que era de 2,6, foi para 3,9.