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Espírito Santo tem déficit de policiais civis em atuação

O Estado formou, na última quinta-feira (5) 965 soldados da Polícia Militar que devem reforçar o policiamento ostensivo a partir deste ano. No entanto, a Polícia Civil tem déficit de 1.112 profissionais (número que pode estar desatualizado, já que os últimos dados disponíveis são de abril de 2014) que poderiam reforçar a investigação de crimes e reduzir os índices da violência.

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) ressalta que o Mapa Estatístico da instituição, atualizado até abril de 2014 já mostrava que o quadro era deficiente. Somado ao déficit, há os profissionais em desvio de função e com defasagem salarial.

Segundo a entidade, a Polícia Civil recebe demandas diárias de todos os órgãos de segurança pública e do sistema de Justiça do Estado, como a Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Guardas Municipais, Ministério Público Estadual (MPES), Judiciário, Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), além das Superintendências e Unidades Especializadas.

Além disso, a PC precisa atender às demandas diretas da população, o que provoca o afunilamento da instituição que não tem estrutura para atender às demandas necessárias sem investimentos materiais e humanos adequados. O resultado deste déficit  é desvio e usurpação de função pública, sobrecarga de trabalho e desmotivação do profissional de polícia, culminando na precarização do serviço prestado à sociedade.

A entidade alerta que, do total do efetivo da Polícia Civil no Estado, cerca de 20% está em desvio de função, atuando em áreas administrativas; outros 20% estão em licença médica e diversos profissionais estão em vias de aposentar. O Sindipol cobra, além da recomposição do efetivo, a revisão dos vencimentos, que estão defasados e o auxílio alimentação, que, apesar de haver decisão judicial determinando o pagamento, não é reajustado pelo governo.      

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